Uma vida que poderia ter sido ceifada pelo legalismo que justifica o aborto em casos de estupro, foi poupada por uma decisão corajosa da mãe, que decidiu levar a gestação até o fim e ofereceu a oportunidade de vida á criança, que foi adotada e hoje milita contra o aborto.
A história de Ashley Lawton é uma demonstração de que nem tudo que a lei permite é o certo. Desde criança, seus pais adotivos a conscientizaram sobre sua origem, e a trataram com o amor e respeito que qualquer criança merece.
Ao longo dos anos, Ashley desenvolveu uma curiosidade natural sobre seus pais biológicos: “Meus pais me amavam muito e queriam me ajudar a lidar com esse fluxo de emoções, mas eu não sabia como me sentir. Eles sabiam de onde vinham. Eu não”, afirmou, em um artigo escrito para o portal Charisma News, por ocasião do Dia Internacional da Mulher.
Quando chegou ao Ensino Médio, ela começou a formar opiniões sobre questões sociais, e chegou a se dizer favorável ao aborto em casos de estupro. Nessa mesma época, seus pais acreditaram que ela possuía maturidade suficiente para saber toda a verdade sobre como havia chegado até eles.
“Me lembro que quando eu era estudante do Ensino Médio, acreditava que o aborto era válido em situações de estupro. Mas poderia ter sido eu”, contextualizou, acrescentando que viveu um choque ao saber que esse era exatamente o seu caso.
“Aqui estava eu. Nascida de uma mulher que não me queria, nem queria saber se eu era uma menina ou um menino. Eu não era amada, nem desejada, mas fui salva da violência impensável do aborto, que é aceito em nossa sociedade”, ponderou.
Essa informação provocou um mar de emoções e trouxe dúvidas que foram dissipadas posteriormente: “Eu tinha bons dias, semanas, meses — mas isso sempre voltava. Mas um dia eu percebi que satanás estava transformando verdades em mentiras. Não era eu que dizia que eu estava destinada a algo ruim, era o inimigo que me dizia isso”.
Com a maturidade para se colocar no lugar de sua mãe biológica, ela passou a imaginar como seria difícil se descobrir grávida depois de um estupro, e assim, encontrou forças para perdoá-la por ter sido enviada para adoção.
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“Eu abri minha Bíblia em Jeremias 1:5 e li o trecho: ‘Antes de formá-lo no ventre eu o escolhi; antes de você nascer, eu o separei e o designei profeta às nações’. Ele me conhece, Ele me criou, Ele me ama”, concluiu Ashley, que hoje é uma escritora, casada e com dois filhos, vivendo na Carolina do Sul, Estados Unidos.
“Eu não fui um erro. Deus sabia o que iria acontecer no dia em que fui concebida e Ele tinha um plano maior. Deus torna situações ruins em algo bonito. Eu sou uma filha de Deus!”, disse, abraçando a grande oportunidade de sua vida: “Por causa das circunstâncias em torno da minha concepção e do meu nascimento, eu tive a oportunidade de ministrar pessoas que lidam com o aborto e compartilhar o amor de Cristo àqueles que estão recuperando dele”, salientou.