O discurso de uma jovem brasileira sobre as mudanças climáticas durante o encontro realizado pela Organização das Nações Unidas (ONU) ilustrou bem o abandono da fé protagonizado por parte da sociedade ocidental ao desprezar o valor da oração.
Paloma Costa, 27 anos, aluna da Universidade de Brasília, declarou que a humanidade não precisa de oração, apenas de ação para lutar contra o processo de aquecimento do planeta. Ela foi convidada pelo secretário-geral da ONU António Guterres a participar da bancada de jovens.
“A resposta que temos visto [para as queimadas na Amazônia] não é suficiente”, discursou Paloma, que é ligada a três entidades voltadas ao meio ambiente: a ONG Engajamundo, o projeto Ciclimáticos e o Instituto Socioambiental.
De acordo com informações do Uol, Paloma Costa afirmou que o Brasil não tem dado ouvidos aos indígenas e jovens: “Vocês não estão nos seguindo”, queixou-se. “Não precisamos de oração, precisamos de ação”, enfatizou em seguida, sob aplausos de governantes, representantes de empresas e ativistas políticos.
O ministro do Meio Ambiente do Brasil, Ricardo Salles esteve na abertura do evento, mas não foi convidado a discursar.
A fala com desprezo à oração é parte de mais uma distorção do quadro geral. As mudanças climáticas pelas quais o planeta passa são inegáveis, mas há especialistas que discordam da propaganda sobre o tema feita pela mídia, classificando toda a discussão de “alarmismo”.
Entre os estudiosos dissidentes da teoria de que o homem tem causado impacto no clima do planeta, há o climatologista brasileiro Ricardo Felício, professor da USP com doutorado em Antártida.
Para analistas políticos, o meio ambiente tem sido o novo argumento de países desenvolvidos para impedir o crescimento econômico de países emergentes, como é o Brasil. Dessa forma, a proteção aos recursos naturais funcionaria como uma barreira para ampliação de ativistas que tornariam essas nações competitivas no cenário global.