Um pastor pentecostal tirou a própria vida saltando do quarto andar após rumores de que sua esposa teria se envolvido em um relacionamento extraconjugal. Ele dirigia uma grande igreja no Zimbábue, na África.
O pastor Berry Dambaza, 59 anos, era líder da Pentecostal Assemblies of Zimbabwe Upper Room Ministries (PAOZ), que tem aproximadamente 200 filiais. Seu corpo foi achado na entrada do estacionamento de onde ele saltou para a morte.
Os fiéis da igreja PAOZ ficaram amplamente abalados com a notícia, e sua família sofreu outro baque: a mãe do pastor, Monica, 90 anos, não suportou a notícia da morte do filho e morreu após sofrer um derrame.
De acordo com informações do portal ZimLive, a igreja negou os rumores de que a esposa de Dambaza, Sithembeni, estava em adultério. A Polícia está investigando o caso, mas trata como suicídio, devido às evidências.
“Esses rumores são total e completamente falsos. Eles são maliciosos e extremamente lamentáveis”, disse o porta-voz do PAOZ, reverendo Craig Ndoro. “Ontem, quando esse trágico incidente aconteceu com o bispo, sua esposa estava em casa cuidando da mãe do bispo e acabamos de receber notícias terríveis de que ela também morreu”, acrescentou.
As duas mortes em sequência abalaram a própria viúva a ponto de que ela precisasse de internação para receber cuidados médicos, destacou o veículo de notícias africano.
Ndoro acrescentou: “A esposa de mais de 30 anos do bispo Dambaza não estava traindo ele, e não, ele não a encontrou em uma posição comprometedora no escritório. Não temos certeza de quem está gerando esses rumores e divulgando-os. Eles são muito prejudiciais não apenas para a família, mas também para a igreja. O bispo Dambaza tocou muitas vidas no Zimbábue e internacionalmente, talvez seja por isso que temos rumores voando mais rápido do que fatos. Mas aqueles que o conhecem, sua esposa e filhos sabem que esses problemas não são verdadeiros, e isso nos dá um pouco de conforto”.
Já no velório do marido, Sithembeni Dambaza comentou os rumores de que estivesse em adultério: “Eu não estava interessada em seguir o que estava sendo publicado nas mídias sociais, embora alguém quisesse compartilhar isso comigo. Fiquei emocionada e prometi tomar uma ação legal a respeito”.
“As pessoas que me conhecem sabem que sempre que estou no púlpito para pregar, eu não sou esse tipo de pessoa que tem moral fraca. De fato, meu trabalho é corrigir o que não é certo e repreender o que precisa ser repreendido. Essa sou eu e meu marido não era diferente de mim. Se as pessoas contam histórias diferentes, não é verdade. Eu não estava lá quando meu marido faleceu. Eu estava cuidando da minha sogra”, defendeu-se.
Em seguida, Sithembeni explicou que na véspera do suicídio de seu marido, ela estava com ele quando sofreram um pequeno acidente de carro, e o motorista do veículo com quem colidiram quase agrediu o pastor. “As coisas não estavam boas porque o bispo Dambaza quase foi atacado pela pessoa que dirigia um veículo não registrado“, disse ela.
Sithembeni revelou ainda que o pastor Berry Dambaza vinha preocupado com suas contas pessoais, embora estivesse numa posição de liderança da denominação. Ele deixou quatro filhos.
O irmão do pastor, Tonderayi Ian Chimhuwa, revelou que sua família tem histórico de suicídios, incluindo o avô que se enforcou, e outras tragédias. “A morte que viu nosso bisavô se afogar em um rio. Seu avô Dambaza também foi encontrado pendurado em uma árvore alta e escorregadia. Sua irmã também morreu naquele acidente fatal em Harare, 200 metros antes de seu destino”, relembrou.