O cantor e produtor musical Pharrell Williams concedeu uma entrevista em que lamentou que as pessoas estejam cada vez mais se distanciando de Deus e mergulhando na internet quando buscam solução para seus problemas.
A declaração foi dada numa entrevista à revista masculina GQ – no Brasil, a publicação progressista é editada pelo Grupo Globo – de outubro último. Segundo o artista, que acumula premiações como Grammy e Oscar, o mundo vive uma “guerra espiritual”.
A declaração surgiu no contexto das redes sociais, onde muitas pessoas se comportam de maneira irresponsável por conta da quase certeza de impunidade. Williams, então, afirmou que a espiritualidade está deixada de lado.
“Vou trazer Deus para isso [o assunto]. Muitas pessoas oram menos. Então, agora, quando você faz uma pergunta, onde consegue o resultado número um? Google. Você não usa as mãos em oração, mas em movimentos de digitação”, afirmou.
Para Pharrel Williams, esse tipo de comportamento mostra que “não estamos seguindo a Deus. Estamos seguindo homens”, e reiterou: “Eu acho que estamos em guerra espiritual”.
Em outro trecho da entrevista, Williams lembrou de sua infância na igreja, dizendo que foi fortemente influenciado pelas igrejas que frequentava com a família: “Nós fomos a duas igrejas. A família da minha mãe foi para a Igreja Batista Monte das Oliveiras e a família do meu pai para a Igreja de Deus em Nova Jerusalém em Cristo. Essa é uma igreja pentecostal, e nessa igreja é onde você vê o espírito lavar a platéia da mesma maneira que vê o vento soprar as folhas daqueles arbustos, onde você vê o padrão”.
O cantor também falou sobre a situação política americana, demonstrando discordar da política de imigração e controle de fronteiras: “Como se víssemos cães sendo mantidos em gaiolas em condições antiéticas”.
“Mas seja um povo latino-americano e seja o que for. As pessoas dizem que a religião tem tanto poder em nosso país. Sim?”, questionou. “A propósito: o que Jesus faria sobre isso na fronteira? Jesus apoiaria esse tipo de tratamento desses seres humanos? Gostaria que o sinônimo de americano fosse humano. Atualmente não é”, opinou.