O pastor anabatista Márcio Pôncio, conhecido por sempre movimentar as redes sociais com publicações polêmicas, afirmou que não se sente culpado por ser empresário no ramo de cigarros.
Pôncio concedeu entrevista dizendo que crê que seu sucesso profissional é resultado de uma porta aberta por Deus.
“Estava na Igreja e Deus me disse que estaria me abrindo uma porta de emprego naquela semana. E consegui um emprego, aos 18 anos, em uma fábrica de cigarro. Trabalhava como peão, com um garfo na mão, abastecendo uma máquina. Sofri bullying, as pessoas falavam que eu trabalhava com o diabo, que aquilo não era de Deus, mas como Deus tinha falado que abriria uma porta para mim, fui ficando e fazendo meu melhor”, relembrou. “As pessoas me questionavam de como que eu era crente e trabalhava lá. Fui crescendo ali, passei para parte de vendas, até me tornar dono de uma fábrica de cigarro”, acrescentou o pastor.
Ao jornalista Léo Dias, do Metrópoles, Pôncio – que endossa a teologia inclusiva – disse também que não se sente culpado por ganhar dinheiro com o vício, mesmo sabendo que o cigarro causa males à saúde.
“Não sinto culpa por isso. Conversava com meu pastor e ele disse que eu não podia fazer o que a lei não permite que você faça. O que é permitido, posso fazer. Se eu não fabricar, se não trabalhar nesse ramo, alguém vai fazer. Sei que usufruo disso positivamente, faço com que os frutos sejam bons. Se eu não tiver ali, os malvados vão estar e vão promover maldade. Sou bem tranquilo com isso. Cigarro faz mal, não vou defender, mas tem tantos coisas que sabemos que faz mal e as pessoas fazem”, argumentou.
De origem humilde, Marcio Pôncio é filho de uma diarista e de um guarda municipal, que também era pai de santo, e cresceu na Baixada Fluminense. Hoje, o pastor exibe a mansão com 11 suítes e até heliponto que construiu, e diz enxergar na fortuna da família um propósito de Deus: “Eu sou bem tranquilo, mas meus filhos largaram tudo para viver das redes sociais. Cada um deles aqui em casa ganhava mais de R$ 300 mil por mês com isso”.
“Sempre falo para o Saulo [Pôncio, músico] que Deus nos tirou não para ficar se exibindo, para a gente achar que é alguém. Tem algum propósito. Estou sempre lutando para meus filhos não saírem da linha e não cometerem loucura”, afirmou o pastor, que descreve sua família como “os Kardashians pobres de Caxias”, em referência à família de socialites dos EUA famosa por reality shows.