A Netflix forçou a mão na zombaria contra as convicções cristãs em relação à homossexualidade como uma ofensa a Deus e inseriu um “pastor” caricato no desenho Super Drags, além de perpetuar a compreensão equivocada da visão bíblica de libertação do pecado, apelidada pejorativamente de “cura gay”.
Na série original do serviço de streaming, três gays se transformam em drag queens dotadas de super poderes. Ao longo dos episódios, os personagens do título atuam na proteção e resgate de outros homossexuais, apresentados como vítimas da sociedade.
Um dos vilões da série é o profeta Sandoval Pedroso, uma caricatura de pastor evangélico neopentecostal, que possui um campo de concentração de “cura gay” chamado “Gozo do Céu”. A zombaria beira a agressão ao associar igrejas e retiros espirituais a campos de concentração, um conceito de prisão que assombrou o mundo durante o nazismo.
O “pastor” é mostrado como alguém radical, e o roteiro da série carrega na ironia ao mostrar o filho de Sandoval Pedroso, que o auxilia no campo, como alguém que se rebela contra a forma de pensar do pai, e ao final, os obreiros da instituição se tornam todos homossexuais.
Super Drags, que vem carregada de polêmicas desde seu anúncio, termina por ser um panfleto da militância LGBT, e não à toa, foi alvo de uma campanha de oposição da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) – que reúne milhares de especialistas em saúde física e mental -, que considerou o conteúdo “impróprio para crianças“.
Na última semana, a Frente Parlamentar pela Defesa da Vida e da Família do Congresso Nacional publicou nota em repúdio à série, destacando que o desenho “retrata assuntos de cunho moral de forma obscena e não educativa”. O pastor e deputado federal Alan Rick (PRB-AC) pediu que “pais e mães fiquem atentos ao conteúdo que seus filhos estão acessando na TV, internet, celular e outras mídias”, pois a Netflix estaria aplicando esforços para “influenciar sexualmente nossas crianças”.