O novo primeiro-ministro da Espanha, Pedro Sánchez, já iniciou o seu governo fazendo questão de quebrar o vínculo com uma tradição precedida por todos os ex-líderes espanhóis, que é o juramento com a mão sobre a Bíblia durante a cerimônia de posse. Declaradamente ateu, a postura do mesmo deixa claro o tom que pretende dar ao seu governo.
Presidente do Partido Socialista Operário Espanhol (PSOE), não é por acaso que uma das propostas de Pedro Sánchez é retirar o ensino religioso das escolas públicas do país e revisar o Concordato com o Vaticano. Para ele, a existência de um Estado laico é incompatível com tal prática, muito embora ela não viole os direitos de quem professa outro tipo de fé.
Substituindo o líder conservador conservador Mariano Rajoy, o qual entregou o comando da Espanha como sendo a quarta maior economia da União Europeia, Sánchez, ao que parece, é um admirador do Governo do ex-Presidente Luiz Inácio Lula da Silva, condenado e atualmente preso por corrupção e lavagem de dinheiro.
Em 2015 Sánchez esteve no Brasil e se encontrou com Lula, quando várias denúncias de corrupção envolvendo a cúpula do Partido dos Trabalhadores já assombravam o país. Na ocasião, o atual líder espanhol fez elogios ao ex-Presidente e disse que a economia espanhola deveria focar no Brasil, segundo informações publicadas pelo Instituto Lula.
Assim que tomou posse na última sexta-feira (1), o Twitter oficial “Lula pelo Brasil” tratou logo de postar uma foto, onde Pedro Sánchez aparece segurando um cartaz com a descrição “Lula Livre”. Diversas mídias do Partido dos Trabalhadores e outros movimentos de esquerda também divulgaram o fato, ressaltando o possível apoio do líder espanhol.
Sánchez é um economista, de 46 anos, e no lugar da Bíblia optou por colocar a Constituição Espanhola sobre a mesa, dizendo que iria”cumprir fielmente” seus deveres “com consciência e honra, com lealdade ao rei, e para guardar e ter guardado a constituição como um estado fundamental”. Com informações: BBC