O presidente Barack Obama se posicionou contra os tratamentos psiquiátricos apelidados de “cura gay” na última quarta-feira, 08 de abril.
De acordo com Obama, existe muita pressão em cima de jovens com orientação homossexual, e isso pode causar sofrimento e angústia. O pronunciamento do presidente foi uma resposta a uma petição pública feita no site da Casa Branca com 120 mil assinaturas.
O abaixo-assinado faz menção ao caso do jovem Leelah Alcorn, transexual de 17 anos que cometeu suicídio em dezembro de 2014, no estado de Ohio. Em uma nota de despedida, Alcorn afirmou que seus pais o haviam forçado a participar de uma terapia de “cura gay”.
“Essa noite, em algum lugar dos Estados Unidos, um jovem pode não conseguir dormir porque tem que carregar um só segredo que guardou desde sempre. Talvez, em breve, decida que chegou o momento de revelá-lo”, disse Obama, de acordo com informações do G1.
“O que ocorrer depois depende dele, de sua família, de seus amigos, professores e da comunidade. Mas também depende de nós, do tipo de sociedade que vivemos e do futuro que estamos construindo”, acrescentou o político norte-americano.
A Casa Branca divulgou um comunicado, assinado pela assessora do presidente, Valerie Jarret, em que destaca que o governo democrata “apoia os esforços para proibir o uso de tratamentos de conversão em menores”, e acrescentou: “Evidências científicas demostram que esse tipo de tratamento não é adequado nem em um ponto de vista médico nem ético, podendo causar danos substanciais, especialmente quando praticado em pessoas jovens”.
Essa posição de Obama sobre a “cura gay” pode se tornar mais um ponto de embate entre o presidente e grupos cristãos conservadores dos Estados Unidos, que o acusam de fingir ser cristão.
Na última semana, durante a celebração da Páscoa, Obama destacou em seu discurso que sabe que tem defeitos, mas que tenta seguir os passos de Jesus Cristo.