Questionar lideranças religiosas não é algo comum, e quando acontece, questões simples viram polêmica. Um padre expulsou uma coroinha de sua paróquia e a mandou procurar uma igreja evangélica, por não gostar de seus questionamentos.
A confusão ocorreu em São José das Palmeiras, durante um encontro de coroinhas, quando a menina de onze anos perguntou ao padre o motivo da exigência de estar presente em todas as reuniões de catequese e também nas posteriores, voltadas a grupos que são divididos por faixas etárias.
Segundo informações do telejornal RPC TV, o padre ficou incomodado com o questionamento da garota, alterou o tom de voz e disse que não a queria mais nos encontros, pois com aquele comportamento, nem Deus a queria mais, e finalizou dizendo que ela deveria procurar uma igreja evangélica.
A mãe da menina afirmou que sua filha participa das reuniões desde os quatro anos de idade, e que estava “desesperada”. Rosane Bruno afirmou que o padre exagerou e será processado: “Eu quero justiça para ela, porque, agora, ela está impedida de ir na igreja, coisa que ela gosta, ela está impedida de frequentar a catequese e o que vai ser dela. E se ele fizer isso com outras crianças?”, questionou.
A coordenadora dos coroinhas Sandra Menon afirmou à reportagem que a discussão começou após a menina não concordar com os termos e imposições feitas ao grupo: “Ela questionou o padre. ‘Por que tem que ir tanto na igreja?’ […] E ela ainda dialogou: ‘padre, mas assim a gente não vai sair da igreja’. Daí começou. Ela começou a alterar a voz, o padre começou a alterar a voz com ela. E nesse altera voz, ele [padre] falou que não aceitaria ela mais como coroinha na igreja. [O padre falou] ‘Você não precisa vim mais nem na catequese nem participar de movimento nenhum e nem na igreja porque nem Deus te quer assim. Pode ir para uma igreja evangélica’”, relatou Sandra.
O bispo responsável pela igreja, dom Dirceu Vegine, afirmou que irá conversar com a família e depois fará um pronunciamento a respeito do ocorrido, de acordo com informações do G1.
Por Tiago Chagas, para o Gospel+