Um pastor da Igreja Anglicana Inglaterra se recusou a realizar uma cerimônia de batismo de uma criança, por se tratar do filho de cum casal de lésbicas. O reverendo George Gebauer, de 87 anos, afirmou que não faria a cerimônia porque as duas mulheres queriam ser registradas como “mães” da criança na certidão de batismo.
Aimi Leggett, 25, e sua parceira civil Victoria, 22, queriam que o filho Alfie, de um ano de idade, fosse recebido na igreja com a cerimônia tradicional de batismo. Porém, o reverendo Gegauer explicou que não poderia realizar a cerimônia afirmando que seria “ilegal” registrar as duas mulheres como mães da criança.
Em reunião com o casal, o reverendo explicou que a certidão de batismo só tem espaço para o nome de uma mãe e de um pai. Ele chegou a sugerir que Victoria fosse registrada como madrinha e Aimi, mãe biológica da criança, figurasse na certidão como “mãe solteira”.
Gebauer, que é sacerdote há 40 anos, declarou ainda que “sentia muito” pelos gays e lésbicas, classificados por ele como mentalmente desequilibrados, afirmou que a sexualidade do casal não era um problema e que ele estava disposto a batizar Alfie se eles concordassem em registrar apenas uma delas como mãe.
– A alma da criança é mais importante que tudo, mas temos um impasse aqui – afirmou.
De acordo com o Daily Mail, o casal não aceitou a proposta do religioso, e o caso repercutiu na imprensa inglesa como “preconceito” e “homofobia”.
– Você quer que Alfie tenha vergonha de sua família? Ele não é gay, nós somos, o que fazemos é problema nosso – afirmou o casal.
O arquidiácono Gavin Collins, do distrito de Meon, interveio no caso e permitiu que o menino fosse batizado na igreja como as mães queriam. Ele explicou ter entendido que Victoria, como parceira de Aimi, tem plena corresponsabilidade parental legal em relação à criança, e que seria possível inserir o nome das duas na certidão como mães.
– Eu estou contente que este problema foi resolvido, e nós estamos ansiosos para recebêr Aimi, Victoria e Alfie, assim como seus amigos e familiares – afirmou o representante da igreja.
Por Dan Martins, para o Gospel+