O deputado federal e pastor Marco Feliciano viajou recentemente à cidade norte-americana de Boston afirmando ter ido lutar “pelos direitos das centenas de brasileiros que estão presos aqui nos EUA por estarem ilegais”. Porém, a viagem tem levantado uma série de questionamentos.
A diretora executiva do Centro do Imigrante Brasileiro, Natalícia Tracy, afirma que, apesar de os imigrantes terem sido o assunto oficial da viagem do parlamentar, houve apenas uma reunião com ele sobre o tema, e que foi muito criticada por ter se reunido com Feliciano.
– Recebi muitas críticas por ter estado com ele. Foi para falar dos presos. A única coisa que ele disse foi para as pessoas lhe mandarem seus projetos – informou Tracy, que está nos EUA há 18 anos e mantém uma organização que luta contra a discriminação, oferece orientação jurídica e aulas de inglês aos imigrantes brasileiros.
Professora da Universidade de Massachussets, Natalícia, que é casada com um americano, afirma que o consulado não tem a capacidade de oferecer todo o apoio de que os brasileiros necessitam, mas ressalta houve uma melhora. Porém, ela afirma que as melhoras não estão relacionadas a Feliciano, e afirma que a visita feita por ele foi apenas “coisas da política”.
De acordo com Feliciano, sua viagem, que aconteceu no dia da polêmica votação da cassação do deputado Natan Donadon, foi realizada a convite de “líderes religiosos” e não com dinheiro público. Porém, ele que levaria um relatório sobre os imigrantes e que iria apresentá-lo à Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara.
Durante sua estadia nos Estados Unidos, Marco Feliciano realizou ainda uma preleção na Revival Church for The Nations e se apresentou na “Escola Bíblica de Obreiros”, fundada pelo pastor Ouriel de Jesus.
Por Dan Martins, para o Gospel+