A luta internacional contra o grupo terrorista Estado Islâmico reuniu em Roma, na última terça-feira, 02 de fevereiro, autoridades de 23 países.
Na reunião, os representantes das nações discutiram o que foi alcançado até aqui na luta contra o grupo, e o que pode ser feito a seguir para conter seu avanço em territórios da Síria e Iraque, além de prevenir ações terroristas em outros países.
O grupo de países, chamado de “small group” (“grupo pequeno”, em tradução livre), é formado por aqueles que, de alguma forma, estão na linha de frente de combate contra o Estado Islâmico.
Os Estados Unidos foram representados pelo secretário de Estado, John Kerry, que presidiu a reunião com os chanceleres de Itália, Reino Unido, Alemanha, Suécia, Arábia Saudita, Egito, Turquia, Espanha, França, Iraque, Jordânia e Emirados Árabes Unidos.
A Rússia, uma das protagonistas no combate aos extremistas muçulmanos na Síria, não compareceu, o que pode dificultar a formação de uma coalizão internacional concisa.
Na Reunião, Kerry revelou que os terroristas – que expulsaram ou executaram cristãos da Síria e Iraque – estão sendo obrigados a recuarem nesses países, devido à ação militar dos países aliados, mas estão migrando para a Líbia.
As forças do Estado Islâmico atacaram a infraestrutura de petróleo na Líbia e estabeleceram posições na cidade de Sirte, aproveitando que há uma crise política no país, onde dois governos rivais vêm disputando a supremacia, segundo informações do G1.
Mas, para Kerry, a solução para mais este imbróglio pode estar próxima: “Na Líbia, estamos prestes a conseguir um governo de unidade nacional. Aquele país tem recursos. A última coisa que queremos neste mundo é um falso califado com acesso a bilhões de dólares em receitas de petróleo”, disse o representante norte-americano durante a reunião na capital italiana.
Ao final, pediu que os colegas continuem em seus esforços: “Ainda não chegamos à vitória que queremos obter, e iremos obter, nem na Síria nem no Iraque. Temos visto o Daesh [termo árabe pejorativo para o Estado Islâmico] fazer o jogo de contaminar outros países, especialmente a Líbia”, alertou.