Palestinos são, em quase sua totalidade, muçulmanos, mas também são conhecidos por conta da rixa histórica com os judeus, contra quem vivem em guerra. Porém, sua aversão a cristãos não é muito menor, e o testemunho de um ex-terrorista convertido ao Evangelho mostra isso muito bem.
Taysir Abu Saada, conhecido como Tass, foi membro do partido político nacionalista palestino Fatah. Em 1993 ele aceitou a Jesus Cristo e hoje dedica sua vida a divulgar sua transformação de vida.
Nos tempos de ativista/terrorista, Tass militou junto com Yasser Arafat, falecido líder palestino que teve sua trajetória marcada pelo protagonismo em conflitos sangrentos contra Israel. Hoje, a pregação da mensagem de paz contrasta com o passado e ajuda na criação de um diálogo de paz e reconciliação.
De acordo com informações do portal Hello Christian, o site de Tass conta que “se ele encontrasse uma casa pertencente a seguidores de Jesus, ele lançava uma granada dentro e a alvejava com uma metralhadora”.
Tudo isso mudou há 24 anos, quando ele se encontrou com Jesus. Agora, lançando um novo livro, intitulado The Mind Of Terror (‘A mente do terror’, em tradução livre), quer levar o Evangelho a outras pessoas.
“Esta não foi uma decisão fácil para mim, porque também colocou meu pescoço na linha. Senti que precisava fazer algo para ajudar a igreja”, afirmou, considerando que seu testemunho, registrado em um livro, pode incitar a ira dos líderes palestinos.
No livro, ele diz – com conhecimento de causa – que a estratégia de difusão do islamismo através do terrorismo é baseada no princípio de intimidação: “Toda a ideia por trás desta ideologia e extremismo islâmicos e a maneira como eles fazem isso, que é o terrorismo, é colocar o medo nos corações das pessoas. Infelizmente, a mídia, seja no Ocidente, aqui na Europa, ou nos Estados Unidos, constrói o medo nos corações das pessoas, sejam elas cristãs ou não-cristãs”, analisou.
“Mas os cristãos devem, por natureza, não ter medo. A Bíblia diz: ‘Não temas, confie em Deus’. Esta é uma ferramenta para os cristãos na Igreja, e também para pessoas comuns. Devemos chegar aos muçulmanos e não permitir que o medo dite nossa própria emoção em relação a uma pessoa. Não devemos pensar imediatamente: ‘Certo, ele é terrorista. Oh, ela é terrorista’”, aconselhou.
A abordagem da mídia sobre a comunidade muçulmana, segundo ele, constrói barreiras para o diálogo, e o principal material é o preconceito: “Às vezes, a mídia não relata fatos, cria situações. Moro em Jericó, vivo na Cisjordânia, vivo em Israel. Vejo o que está acontecendo lá. A mídia torna tão grande coisas que são menores”, criticou.
Ao final, Tass observou que ele foi um perseguidor dos cristãos e teve sua vida transformada, e quer que esse testemunho chegue o mais longe possível, apresentando fatos desconhecidos da maioria dos muçulmanos, já que grande parte deles são alienados sobre quem é Jesus.
“O apóstolo Paulo era um terrorista? Ele foi tocado por Deus. Eu era um terrorista, e eu fui tocado por Deus. Meu coração foi transformado. O objetivo deste livro é chegar aos muçulmanos, sejam eles terroristas ou não. Eles podem ser tocados por Deus por causa do relacionamento que os cristãos mostram, um amor e aceitação que eu recebi que tocou meu coração e por isso me tornei um seguidor de Jesus”, concluiu.