Uma crítica severa do papa Francisco ao espírito consumista que se apropriou das celebrações do Natal passou quase despercebida pela imprensa internacional. Durante um sermão que antecedeu sua viagem à África, o pontífice católico disse que as festas natalinas “soam falsas”.
O papa observou que o mundo escolheu “a guerra e o ódio”, e que por isso, toda a mobilização que existe na época de Natal, com decorações e reuniões familiares, não parece verdadeira.
“Estamos perto do Natal e haverá luzes, festas, árvores iluminadas, presépios […] mas é tudo falso. O mundo continua em guerra, fazendo guerras, não compreendeu o caminho da paz”, lamentou o papa, segundo informações da Rádio Vaticana.
Emocionado, Francisco fez um apelo para que as pessoas se coloquem no lugar umas das outras: “Existem hoje guerras em toda a parte e ódio […] E o que resta? Ruínas, milhares de crianças sem educação, tantos mortos inocentes […] Devemos pedir a graça de chorar por este mundo, que não reconhece o caminho para a paz. Chorar por aqueles que vivem para a guerra e ainda têm o cinismo de negar isso”, afirmou.
Segundo o papa, “Jesus chora” com a atual situação de guerras no mundo atual. Em outros discursos, Francisco já havia comparado o cenário de perseguição religiosa e o revide ocidental a uma espécie de “guerra mundial fragmentada”.
Na conclusão de seu sermão, foi enfático ao afirmar que os que preferem “riquezas” ao ser humano, e “os que fazem as guerras são malditos, delinquentes”.
Enquanto Francisco sustenta sua mensagem de paz e atenção aos pobres, o Estado Islâmico vem jurando sua morte, anunciando que a cidade de Roma é um de seus próximos alvos, e que em breve, invadirá o Vaticano para decapitar o pontífice na Praça de São Pedro, com transmissão pela internet.