A visita do papa Francisco aos Estados Unidos vem sendo marcada por protestos de Organizações Não-Governamentais (ONGs) que denunciam e cobram uma resolução dos casos de pedofilia na Igreja Católica.
De acordo com essas ONGs, o papa estaria agindo de maneira negligente quanto aos casos de pedofilia.
“O papa nega o quão sério é o problema e minimiza a situação. Ele nega que crianças continuam sendo violadas”, afirmou Barbara Blaine, em entrevista à BBC. “Na verdade, ele nem deveria se ocupar disso, deveria mandar os casos para que a polícia investigasse”, sugeriu.
Barbara é a fundadora da ONG SNAP (sigla de Survivors Network of those Abused by Priests, que significa, em tradução livre, “rede dos sobreviventes abusados por padres”), que reúne vítimas e foi criada no final dos anos 1980.
Considerando que as ações tomadas por Francisco contra a pedofilia, como a expulsão de sacerdotes, são insuficientes, Barbara afirmou que as pessoas que integram o movimento contra a pedofilia esperam que o papa fale sobre o assunto quando discursar na sede da Organização das Nações Unidas (ONU) na próxima sexta-feira, 25 de setembro.
Na última quarta, em pronunciamento feito na Catedral de São Mateus Apóstolo, em Washington, o papa exigiu que os bispos americanos trabalhem para que esse tipo de escândalo não volte a assombrar a Igreja Católica nos Estados Unidos: “Eu sei quanto a dor dos últimos anos pesou em vocês, e eu apoiei seu generoso comprometimento em levar a cura para as vítimas, e trabalhar para assegurar que tais crimes nunca se repitam”, comentou, resumidamente.
Até hoje, os casos de pedofilia que ganharam as manchetes ao longo dos últimos anos, são vistos como uma mancha na história recente da Igreja Católica, que vem lutando para desfazer a imagem negativa construída ao longo da Idade Média.