O papa Francisco fez uma visita à Turquia no último final de semana e afirmou que o diálogo entre os líderes das principais religiões monoteístas do mundo é importante para pôr fim ao extremismo de muçulmanos.
A afirmação do pontífice católico foi feita na sexta-feira, 28 de novembro, durante um encontro com o presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, e outros líderes políticos do país.
“O fanatismo e fundamentalismo, assim como os medos irracionais que promovam a incompreensão e a discriminação, precisam ser combatidos com a solidariedade de todos os crentes”, disse o papa. “É essencial que todos os cidadãos – muçulmanos, judeus e cristãos – tanto na prestação e na prática da lei, gozem dos mesmos direitos e deveres”, acrescentou o líder católico.
Segundo Francisco, quando todos se tratarem como iguais, não haverá mais espaço no mundo para o extremismo religioso promovido por grupos muçulmanos: “Eles vão conseguir enxergar de maneira mais fácil os outros como irmãos e irmãs que estão viajando pelo mesmo caminho, buscando sempre rejeitar mal-entendidos ao promover a cooperação e concordância. As liberdades de religião e expressão, quando realmente garantidas a cada pessoa, vão ajudar a florescer a amizade e, assim, tornar-se um sinal eloquente da paz”, pregou o papa.
Um dia depois de convidar os líderes islâmicos para o diálogo inter-religioso a fim de acabar com o extremismo islâmico, o Papa Francisco visitou a Mesquita Azul, construída no século XVII em Istambul, e fez uma oração silenciosa, com a cabeça inclinada em direção a Meca, cidade considerada sagrada pelos muçulmanos.
De acordo com o Christian Post, o gesto do papa teve a intenção de promover o diálogo mais amistoso entre cristãos e muçulmanos. Posteriormente, Francisco visitou também uma basílica bizantina que foi transformada em mesquita após a queda do império de Constantinopla.