A teocracia islâmica do Paquistão, que ocupa a 7° posição na lista mundial de perseguição religiosa da organização Portas Abertas, poderá tirar a vida de um menino cristão de 13 anos chamado Simon, após o adolescente ser acusado falsamente de “blasfêmia” contra Maomé.
Tudo começou quando Simon e seu primo Adil foram vistos brincando por um policial, na rua. Na ocasião, eles estavam disputando quem teria um soco mais forte, e então o adolescente de 13 anos citou o nome de um boxeador americano, considerado um dos maiores da história, que adotou a religião islâmica como sua fé.
“Um mencionou socos como Muhammad Ali e o outro respondeu provocando: ‘Você não é Muhammed Ali. Você é um cachorro’”, disse a mãe de Simon. Ao ouvir os meninos brincarem, porém, o policial achou que o adolescente teria xingado Maomé.
Simon e Adil foram espancados e depois liberados, mas o policial foi além e passou a denunciar na comunidade que os jovens teriam blasfemado. No Paquistão, onde vigora o regime islâmico, a blasfêmia é considerada um crime passível de morte por decapitação.
Desespero
A mãe de Simon contou que chegou a pensar em esclarecer o ocorrido, procurando a Polícia. No entanto, quando estava saindo de casa, ela se deparou com policiais indo ao seu endereço, então ficou desesperada por imaginar o que poderia acontecer.
“Eu implorei ao policial repetidamente, para que ele ignorasse qualquer ofensa que meu filho pudesse ter cometido, mas ele recusou”, disse ela. Enquanto isso, várias pessoas passaram a protestar em frente à casa da família, pedindo a decapitação de Simon.
“Chorei e implorei à multidão até meia-noite para poupar meu filhinho, mas eles não quiseram”, lembra a mãe. “Quase perdi a cabeça chorando, implorando, encarando a multidão por quase 8 horas. Então, finalmente, tive que ver meu filho preso diante dos meus olhos”.
Pedido de orações
Simon e Adil foram presos, mas Adil foi libertado em seguida, após o pagamento de uma fiança. Mesmo em liberdade, o jovem de 17 anos se mantém escondido no Paquistão, pois a comunidade islâmica local ainda quer lhe punir.
Simon, por outro lado, continua preso, pois não lhe foi concedido fiança, segundo informações da Global Christian Relief. Caso seja condenado, o menino de apenas 13 anos poderá ser morto sumariamente por decapitação.
“Coloquei minha esperança e confiança no Senhor. Creio que o Senhor nos fará justiça. Nosso filho não fez nada de errado para enfrentar a punição sob a lei da blasfêmia”, diz a mãe. Abaixo é possível conferir um vídeo dos protestos absurdos que pedem a morte dos dois adolescentes: