A Polícia Federal (PF) desencadeou na manhã desta quinta-feira (17) mais uma fase da Operação Lesa Pátria, que investiga as circunstâncias e os envolvidos, supostamente, nos atos de 8 de janeiro, que resultaram em invasão e vandalismo contra as sedes dos Três Poderes, em Brasília.
Os agentes federais cumpriram 16 mandados de busca e apreensão e 10 mandados de prisão preventiva. Entre os alvos dessa vez estão o pastor Dirlei Paiz, de Blumenau, no Vale do Itajaí, e a cantora gospel Fernanda Ôliver.
Segundo a Polícia Federal, Paiz e Fernanda estão sendo investigados por terem, supostamente, colaborado para a divulgação de um evento que ficou conhecido como “Festa da Selma”.
Da definição da PF: “O termo ‘Festa da Selma’ era utilizado para convidar e organizar transporte para as invasões, além de compartilhar coordenadas e instruções detalhadas para a invasão aos prédios públicos”.
O pastor Paiz chegou a compartilhar nas redes sociais uma foto onde aparece com um cartaz, onde estava escrito “queremos intervenção federal”. Fernanda Ôliver, por sua vez, viralizou entre os apoiadores do ex-presidente Jair Messias Bolsonaro bem antes do 8 de janeiro, quando foi gravada cantando entre os manifestantes que acamparam em Brasília.
Fernanda foi presa em Goiânia, mas é natural de Araguaçu, no Tocantins. Além de Goiás, a operação de hoje também foi realizada nos estados da Paraíba, Paraná, Santa Catarina, Bahia e no Distrito Federal.
Repressão
O ministro da Justiça, senador Flávio Dino, comentou a operação de hoje argumentando que ela é mais uma ação necessária para a coação de supostos atos golpistas, segundo ele, como os ocorridos em 8 de janeiro desse ano.
“Polícia Federal executando hoje mais mandados judiciais relativos às investigações sobre os atos golpistas perpetrados em 8 de janeiro. Justiça necessária para que atuem as funções repressivas e preventivas que o Direito Penal exerce”, publicou o ministro no Twitter, segundo informações do G1.