Uma palestra feita pelo jovem reverendo Jonathan Fisk na Universidade de Washington, em St. Louis, estado do Missouri (EUA), terminou em protesto dos estudantes, que passaram a acusar o líder cristão de homofobia.
A palestra de Fisk – que é pastor de uma igreja luterana no Missouri – foi organizada pela Lutheran Student Fellowship (“sociedade estudantil luterana”, em tradução livre) da Universidade de Washington.
O tema da palestra falava sobre algo que incomoda profundamente os ativistas LGBT: “A diversidade original: o homem e a mulher em Cristo”. Nesse contexto, Fisk afirmou que a visão de Deus para o casamento e procriação é o homem e uma mulher, pertencentes um ao outro.
A afirmação – que coloca a homossexualidade como uma prática/comportamento repudiada por Deus – transformou-se em motivo de revolta para os estudantes, que fizeram um protesto chamado “Nada além do amor: uma demonstração de inclusão”, que incluiu um editorial no jornal do campus.
O texto, com teor de manifesto, criticava Fisk e suas “visões de ódio” à homossexualidade, casamento entre pessoas do mesmo sexo e aborto. O pastor foi tachado de “promotor do medo” e “ultra-conservador descaradamente homofóbico”, segundo informações do Christian Today.
Em um discurso, um dos líderes do grupo ativista LGBT da universidade afirmou ter ficado “irritado e frustrado” com a palestra do pastor, enquanto outro se disse “em choque” com a exposição de Fisk sobre a verdade bíblica.
Jeffrey McCune, um professor da universidade, se associou aos estudantes no protesto. Ele leciona “Estudos de Mulheres, Gênero e Sexualidade” em uma das turmas da universidade, e afirmou que ser contrário ao aborto e à organização Planned Parenthood é racismo.
“Em última análise, o que está sendo dito quando as pessoas recusam a Planned Parenthood, é que eles estão dizendo que me importo mais com fetos brancos do que com os serviços à pessoas de minorias”, distorceu.
O pastor, no entanto, não se abateu, e publicou uma selfie no auditório onde a palestra foi realizada, e frisou que “a diversidade original” se trata de “dois seres humanos tornando-se uma carne, um humano, como um presente de Deus”.