A República Islâmica do Irã é um dos países mais perigosos para um cristão viver. Casos como do pastor Yousef Nadarkhani, que já foi condenado à morte no país após uma falsa acusação, exemplificam bem essa triste realidade.
Felizmente, em 26 de fevereiro Yousef Nadarkhani foi um dos cristãos beneficiados com uma anistia por parte do aiatolá Sayyid Ali Hosseini Khamenei, líder supremo da teocracia iraniana. É tradição no país conceder perdão a alguns detentos, como parte das comemorações pelo aniversário da Revolução Islâmica de 1979.
Além do pastor Yousef, o cristão Hadi Rahimi também já havia sido solto em 15 de fevereiro. Ele estava na prisão de Evin e faz parte da mesma igreja liderada pelo pastor Yousef. Ambos, portanto, agora poderão voltar para as suas casas.
Os cristãos foram presos após serem acusados de “ameaçar a segurança nacional” e “propagar o cristianismo zionista”. Acusações desse tipo, assim como a de “blasfêmia” contra a religião islâmica, são comumente utilizadas para perseguir os seguidores de Cristo no Irã.
O país atualmente ocupa a 8ª posição na lista mundial de perseguição religiosa da organização Portas Abertas. Segundo esta entidade, o governo iraniano “vê a existência de igrejas domésticas no país como uma tentativa dos países ocidentais de minar o islamismo e sua autoridade.”
Relação com o Brasil
Apesar de ser um país perseguidor de cristãos, o Irã passou a querer se aproximar mais do Brasil, agora, com a vitória eleitoral do atual presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva.
Um indício disso foi a autorização por parte do governo brasileiro para que dois navios de guerra iranianos entrassem na costa do Brasil, atracando no Rio de Janeiro. Como o Irã é um inimigo histórico de Israel e dos Estados Unidos, a decisão provocou reações do Congresso americano.
A embaixadora americana no Brasil, Elizabeth Bagley, chegou a fazer um apelo para que o governo brasileiro não autorizasse a entrada dos navios no país, o que foi ignorado.