O Supremo Tribunal Federal retomará o julgamento na próxima quinta-feira (23) uma ação que visa criminalizar a “homofobia” no país. Até o momento quatro dos 11 ministros já votaram a favor da proposta, restando o voto de mais sete.
Se trata dojulgamento da ADO26 e do Mandado de Injunção (ML) 4733, os quais pedem à Suprema Corte que tipifique a “homofobia” como crime de racismo. Todavia, por falta de norma neste sentido criada pelo Congresso Nacional, a medida é polêmica, bem como pela própria natureza da ação.
Com base nisso, o pastor e deputado pelo PRB do Amazonas, Silas Câmara, que também é líder da Frente Parlamentar Evangélica no Congresso Nacional, se posicionou se forma contrária à proposta durante uma transmissão do programa Fantástico no último domingo (19).
Silas rebateu a ideia de radicalismo contra a população LGBT no Brasil, especialmente partindo dos evangélicos. “Eu não acredito que exista uma radicalização de nenhum evangélico contra a comunidade LGBT”, afirmou o pastor, segundo o BNC Amazonas.
“Muito pelo contrário, nós amamos o nosso próximo. Nós não temos absolutamente nada contra a prática desde que ela seja feita de forma que respeite também os nossos princípios e a nossa pregação”, destacou.
De fato, a concepção de Silas Câmara sobre a ausência de radicalismo contra os LGBTs, não só dos evangélicos, mas de toda a população está correta, porque é o que aponta um estudo apresentado recentemente, mas que parece ter sido abafado pela grande mídia.
A pesquisa foi elaborada pela Liga Humanista Secular do Brasil (LIHS). Ela revelou que 88% dos registros de suposta “homofobia” no Brasil são falsos, desconstruindo, assim, a narrativa de que o Brasil seria o país onde mais se comete crimes contra gays, lésbicas, travestis e transexuais.
Os números foram colhidos em 2016 e esta foi a conclusão:
“Ao final, das 347 mortes alegadas como ‘homofobia’, apenas 31 casos foram mortes motivadas por ódio a homossexuais. ‘Isso significa que o relatório errou em 88% dos casos de homicídio, e que somente 9% dos dados totais para o ano de 2016 servem para fazer as conclusões que o grupo e a imprensa que o cita fazem'”, alertou a LIHS.
Como os dados da pesquisa partiram inicialmente do Grupo Gay da Bahia (GGB), fonte esta muito utilizada pelos que defendem a criminalização da homofobia, isto significa, na prática, que se o Supremo Tribunal Federal aprovar alguma lei criminalizando a homofobia no Brasil, muito provavelmente tal decisão terá sido baseada em dados falsificados.