O desembargador federal William Douglas, do Tribunal Regional Federal da 2ª Região, viralizou nas redes socais ao ter o trecho de um vídeo seu, onde aparece falando em um evento realizado na Escola da Magistratura do Estado do Rio de Janeiro, no dia 9 de junho, compartilhado por aliados do governo federal.
Na gravação, William Douglas critica duramente o inquérito das “fake news”, conduzido pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), apontando uma série de supostas ilegalidades no processo.
Pastor da Igreja Batista Getsêmani desde 2010, o desembargador chamou de “pré-medieval” o inquérito das fake news, explicando que a vítima em um processo penal não pode, ao mesmo tempo, ser também acusadora. A sua declaração foi em referência ao ministro Moraes.
Ele citou como exemplo o caso do deputado federal Daniel Silveira (PTB-RJ), que recentemente foi condenado a quase nove anos de prisão em regime fechado. Segundo William Douglas, a sentença foi desproporcional. O magistrado chegou a chamar de “covardes” os juristas que silenciaram sobre o caso.
“Daniel Silveira foi julgado, teve o seu processo relatado pela vítima. E uma multidão de covardes e omissos não falaram nada”, disse ele, lembrando na sequência que o deputado foi indultado pelo presidente Jair Messias Bolsonaro. Isto é, teve a sua pena perdoada.
“Quando o presidente da República, que pode se dizer o que quiser dele, mas é homem, é macho, tem coragem, mete a caneta, e corrige a injustiça através da graça, o que que eu faço? ‘Está certo’”, completou o desembargador, que em 2021 foi um dos cotados para ser indicado a uma vaga no STF.
Nas redes sociais, a deputada federal Carla Zambelli elogiou a postura do pastor evangélico. “Parabéns ao Desembargador Federal William Douglas do TRF-2, pela coragem de criticar ações recentes de ministros do STF, dentre elas, a que o próprio ex-ministro Marco Aurélio apelidou de ‘Inquérito do Fim do Mundo’”, observou a parlamentar. Assista: