O jurista “terrivelmente evangélico” que o presidente Jair Bolsonaro pretende indicar para uma das duas vagas que se abrirão no Supremo Tribunal Federal (STF) pode se tornar conhecido do país apenas em junho de 2021.
As vagas que serão abertas no STF até o fim do mandato de Bolsonaro são a do ministro Celso de Mello, que vai aposentar em novembro do ano que vem, ao completar 75 anos, e a do ministro Marco Aurélio Mello, que completará 75 anos em junho de 2021, idade que a aposentadoria ocorre de forma compulsória.
No próximo mandato, o presidente que for eleito em 2022 indicará outros dois ministros para substituir o ministro Ricardo Lewandowski, que fará 75 anos em maio de 2023, e a ministra Rosa Weber, que chegará à mesma idade no mês de outubro do mesmo ano.
Conforme o jornalista Gabriel Mascarenhas, do jornal O Globo, o presidente já estaria conversando com seus aliados que o jurista representante do segmento evangélico deverá ficar com a segunda vaga da Suprema Corte.
“Jair Bolsonaro adiantou a gente de sua confiança que só vai cumprir a promessa de fazer de um evangélico ministro do Supremo em 2021, quando surgirá a vaga aberta pela aposentadoria de Marco Aurélio Mello”, noticiou Mascarenhas.
Entre os líderes evangélicos mais próximos do presidente, o nome preferido é o do juiz federal William Douglas, atual titular da 4ª Vara Federal em Niterói (RJ) e que já foi delegado de polícia e defensor público no estado.
De acordo com informações do portal Metrópoles, o nome de William Douglas teria sido recomendado pelo pastor Silas Malafaia durante reunião no Palácio da Alvorada com líderes da Assembleia de Deus, Igreja Batista, Igreja Fonte da Vida, Igreja Quadrangular, M12 e Igreja Internacional da Graça de Deus.
Apesar desse pedido, outro evangélico que goza de prestígio junto ao presidente – e também da bancada evangélica – é o pastor André Mendonça, que substitui Sérgio Moro no Ministério da Justiça e Segurança Pública e foi advogado-geral da União antes da atual função.