A indicação de um evangélico para uma das vagas que serão abertas no Supremo Tribunal Federal (STF) voltou a ser mencionada pelo presidente Jair Bolsonaro durante um culto da Assembleia de Deus em Manaus (AM).
Bolsonaro compareceu ao culto ao lado da primeira-dama Michelle Bolsonaro, e recebeu oportunidade de falar aos presentes por cerca de 15 minutos. Ao todo, oito mil pessoas compareceram ao evento, de acordo com os organizadores.
Em sua fala, o presidente da República destacou que um dos critérios para indicar um evangélico para o cargo de ministro do STF é o compromisso de lutar “pela manutenção da família”.
“Pegamos o Brasil moral, ética e economicamente falido. Não sou evangélico, mas sou cristão. O meu governo lutará pela manutenção da família, porque nos governos anteriores colocavam até em livros escolares que [a família] podia até ser formada por um ajuntamento de duas coisas. E tem duas vagas para ministro do Supremo, e um será cristão e evangélico”, destacou o presidente.
De acordo com informações do jornal O Globo, ao concluir sua fala, Bolsonaro voltou-se ao juiz e escritor evangélico William Douglas. Os fiéis presentes ao evento ouviram o discurso do presidente de pé, e manifestaram sua aprovação à ideia apresentada com gritos de “glória a Deus” e “amém”,
Uma equipe de aliados do presidente aproveitaram o final do culto para coletar assinaturas para viabilizar a criação do partido Aliança pelo Brasil, lançado recentemente com pilares como o respeito a Deus e à religião; respeito à memória, à identidade e à cultura do povo brasileiro; defesa da vida, da legítima defesa, da família e da infância; garantia da ordem, da representação política e da segurança.
As vagas que serão abertas no STF até o fim do mandato de Bolsonaro são a do ministro Celso de Mello, que vai aposentar em novembro do ano que vem, ao completar 75 anos, e a do ministro Marco Aurélio Mello, que completará 75 anos em junho de 2021, idade que a aposentadoria ocorre de forma compulsória.
No próximo mandato, o presidente que for eleito indicará outros dois ministros para substituir o ministro Ricardo Lewandowski, que fará 75 anos em maio de 2023, e a ministra Rosa Weber, que chegará à mesma idade no mês de outubro do mesmo ano.