Conhecido no meio político como um pastor-militante de viés esquerdista, Henrique Vieira voltou a utilizar as suas redes sociais para demonizar o “bolsonarismo”, termo esse utilizado em referência aos apoiadores do atual presidente da República, Jair Messias Bolsonaro (PL).
Segundo Vieira, caso o Filho de Deus vivesse em nosso tempo, “o bolsonarismo mataria Jesus usando o nome de Jesus”. O pastor da extrema-esquerda, contudo, não explicou como tal fato se daria, na prática, se restringindo apenas a uma vaga afirmação de efeito político.
Não é a primeira vez que Henrique Vieira ataca grande parte da população, inclusive cristã, que discorda da sua ideologia política, associando os apoiadores do atual presidente a termos pejorativos e até ofensivos.
Em 2018, por exemplo, o pastor disse entender “que o fundamentalismo cristão religioso, especialmente evangélico, é semente de um fascismo no nosso país”.
Na mesma ocasião, Vieira associou a pessoa de Cristo à figura de um ativista político, reduzindo a sua real natureza e propósitos que, conforme os evangelhos, não têm como foco as causas políticas, mas a salvação humana dos seus pecados.
“Sou discípulo de um prisioneiro político, torturado, que foi chamado de herege pelos líderes religiosos; foi executado pelo Estado em nome da ordem e da lei; preso injustamente, sob o aplauso de muitos cidadãos que se reconheciam como cidadãos de bem. Ou seja, o bolsonarismo matou Jesus há mais ou menos 2 mil anos atrás”, disse Vieira à época.
Reação
Após a declaração do pastor Henrique Vieira repercutir em mídias evangélicas, alguns internautas reagiram criticamente por meio das redes sociais. Uma dessas pessoas foi a ativista conservadora Marisa Lobo, presidente do Partido Trabalhista Brasileiro (PTB) do Paraná.
Defensora do atual governo, Marisa fez uma série de postagens no seu Twitter, aparentemente em alusão a Vieira, mas sem citar o pastor, identificando-o apenas como um “queridinho da esquerda”.
“Sobre um tal ‘pastor’ queridinho da esquerda – que na verdade não passa de mais um militonto socialista, respondo: O que mataria Jesus atualmente não é o bolsonarismo, mas pessoas que assassinam bebês no útero materno e quem chama isso de ‘direito'”, postou Marisa.
“É gente que defende uma ideologia responsável pela morte de pelo menos 100 milhões de pessoas no sec. XX e ainda continua matando, perseguindo e punindo quem pensa diferente em países como Coreia do Norte, China, Cuba e Venezuela; É quem trata ditadores como Che, Fidel e Maduro como ídolos”, disparou a psicóloga.
Por fim, Marisa também deu uma conotação teológica ao ativismo religioso pró-esquerda, dando a entender que os pastores que defendem o progressismo político estariam contrariando a própria Palavra de Deus.
Segundo a psicóloga, quem mataria Jesus atualmente é “quem rasga as páginas da Bíblia Sagrada distorcendo a SÃ DOUTRINA por conveniência própria, legitimando o pecado em nome de um ‘amor’ FALSO que não corresponde ao Deus de Justiça que cobra arrependimento do pecador. [sic]”.
“Isto, sim, não é só o que mataria Jesus, mas o que tem lhe ‘matado’ diariamente nos púlpitos onde HEREGES vomitam suas baboseiras em nome da ACEITAÇÃO MUNDANA. Nunca é tarde para se arrepender [sic]”, concluiu Marisa.