O pastor, teólogo e escritor Franklin Ferreira fez uma breve análise sobre o atual contexto político, cultural e militar da Europa frente ao poderio da Rússia, explicando como para os cristãos o momento é de muita dificuldade, tendo em vista os diferentes interesses ideológicos que motivam os principais líderes mundiais.
Franklin Ferreira citou como exemplo uma declaração do Inspetor do Exército Alemão, general Alfons Mais, onde o mesmo reconhece a fragilidade da Alemanha diante das Forças Armadas da Rússia, a fim de apontar o quanto o mundo ocidental enfraqueceu nos últimos anos.
“Autoridades da Alemanha reconhecem que suas forças armadas não têm como proteger as fronteiras de seu país”, disse o pastor. Citando Alfons, ele disse que “‘A Bundeswehr e o Exército que tenho o privilégio de liderar estão mais ou menos despidos. As opções que podemos oferecer aos políticos para apoiar a aliança são extremamente limitadas.”
Citando a ex-ministra da Defesa da Alemanha, A. Kramp-Karrenbauer, Franklin Ferreira também destacou uma observação feita por ela, ao dizer que “não preparamos nada que pudesse realmente deter Putin”.
Com isso, o pastor explicou que o foco da Europa nos últimos anos divergiu completamente da intenções imperialistas e totalitárias de governos como os da Rússia e China. Isso porque, o mundo ocidental passou a se preocupar mais com pautas ideológicas, do que com a proteção da sua própria identidade geográfica e cultural.
“Nas últimas décadas, a Europa se desmilitarizou e destruiu a noção de patriotismo em seu território. Gastou trilhões de euros com pautas como o multiculturalismo, o meio ambiente e as políticas identitárias”, disse Ferreira.
“Ao mesmo tempo, a fé cristã tem sido constrangida e cerceada na Europa. Agora, os europeus estão à mercê dos anseios expansionistas da Rússia. Os Estados Unidos, com Biden na presidência, seguem o mesmo caminho europeu”, explica o pastor.
No atual cenário, Franklin Ferreira disse acreditar que “muitas palavras” e “sansões” não serão suficientes para frear o avanço do presidente russo Vladimir Putin, ou mesmo do líder chinês Xi Jinping, tendo em vista que no passado medidas semelhantes já foram tomadas, e mesmo assim regiões como a Crimeia foram alvos de invasão.
“Os cristãos precisam perceber que estamos no meio de um conflito entre o globalismo pagão ocidental, o nacionalismo imperialista russo e o totalitarismo comunista chinês”, alerta o pastor. “Não há como apoiar nenhuma das três opções ideológicas.”
“O que cabe aos cristãos é orar e suplicar para que Deus tenha piedade daqueles que estão nas regiões em conflito e de seu povo na Rússia e na Ucrânia. E que seu único Filho, o Messias e Senhor Jesus, retorne em triunfo para implantar em definitivo seu poderoso Reino de paz”, conclui Ferreira.