Alvo de críticas por parte dos apoiadores do presidente Jair Messias Bolsonaro (PL), o senador Rodrigo Pacheco, presidente do Senado Federal, também foi criticado pelo líder da Igreja Batista Atitude, Josué Valandro Jr., mais conhecido nacionalmente como o “pastor da primeira-dama“.
A reação do pastor contra o senador foi em resposta a uma publicação feita pelo parlamentar, onde o mesmo critica os atos de vandalismo que ocorreram na noite de ontem (12), em Brasília, quando vários veículos foram incendiados e edifícios depredados.
“Absurdos os atos de vandalismo registrados nesta noite, em Brasília, feitos por uma minoria raivosa. A depredação de bens públicos e privados, assim como o bloqueio de vias, só servem para acirrar o cenário de intolerância que impregnou parte da campanha eleitoral que se encerrou”, afirmou Pacheco em sua rede social.
Os protestos violentos, conforme noticiado pelo GospelMais, iniciaram após a prisão do Cacique Tserere, um pastor indígena e líder bolsonarista que ganhou proeminência durante as manifestações que ocorrem pelo país desde 31 de outubro passado.
Bolsonaristas afirmam, contudo, por meio das redes sociais, que os atos de vandalismo teriam sido praticados por “infiltrados” e não pelas mesmas pessoas que se encontram acampadas em frente aos quartéis do Exército Brasileiro.
“Tem culpa nisso”
Em resposta ao post de Rodrigo Pacheco, o pastor Josué Valandro Jr. culpou o senador pelo atual cenário político no Brasil. “Se o senhor tivesse contido com coragem os abusos do STF não chegaria a este ponto! O senhor também tem culpa nisso tudo”, respondeu o líder religioso.
A cobrança de Josué Valandro se deve ao fato de Pacheco, na condição de presidente do Senado Federal, ser a pessoa responsável por colocar ou não, em análise, os pedidos de impeachment contra os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF).
A maioria dos pedidos são contra o ministro Alexandre de Moraes, atual presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Todos, porém, foram “engavetados” por Pacheco, que se recusa a atender o pedido por parte de outros senadores e populares.
Apoiadores do presidente Jair Bolsonaro acreditam que se ao menos um dos ministros do STF já tivesse sofrido impeachment, o Judiciário não teria avançado tanto no que consideram abuso de competência e escalada autoritária contra a população, sendo esse o principal motivo das críticas contra o presidente do Senado.