Considerado um dos autores evangélicos mais renomados e versáteis da atualidade, o pastor Max Lucado, residente no Texas, Estados Unidos, resolveu trazer à tona um episódio traumático da sua vida durante uma cúpula evangélica sobre abuso sexual no Wheaton College, na última quinta-feira, 13.
Lucado foi um entre várias personalidades cristãs que estiveram no evento, comprometidas em combater o abuso sexual. Para tanto, relatar a própria experiência foi algo que o pastor acreditou ser fundamental, mesmo após tantos anos em silêncio.
“Meu nome também está na lista daqueles que foram abusados sexualmente”, disse Lucado, segundo informações da CBN News. “Quando jovem, na minha infância, não por um membro da igreja ou por um membro da família, mas por um líder comunitário”.
O pastor aproveitou a ocasião para lamentar por não ter abordado com mais ênfase este assunto no passado, especialmente no tocante ao abuso sexual envolvendo às mulheres.
“Poderia ter feito melhor”, disse ele. “Agora é a hora das conversas que começam com a frase: ‘Ajude-me a entender como é ser uma mulher hoje em dia”, destaca Lucado, na presença de figuras como Beth Moore e Christine Caine, fundadora do ministério anti-tráfico de pessoas, A21.
O pastor associou seu sofrimento a decepção causada por líderes em geral, o que pode incluir os do meio cristão. “É meu desejo abordar a questão que muitos de nós nos encontramos enfrentando em algum momento da vida”, disse ele.
“Quando um líder me decepciona, o que eu faço com a mágoa?”, questiona, explicando que “não há pastor ou sacerdote perfeito, exceto um: só Jesus Cristo”, e que mesmo em um contexto de sofrimento, não devemos perder a nossa fé, umas vez que todos os seres humanos são pecadores.