Na Polônia, a invasão da Rússia contra a Ucrânia tem significado a procura de refúgio por pessoas que fogem da guerra. Um pastor abriu o templo da igreja que dirige para hospedar mais de 200 pessoas, oferecendo refeições, camas e cobertores.
O pastor Henryk Skizypkowski viu a necessidade de apresentar esperança e fé aos refugiados ucranianos. Dessa forma, decidiu abrir a igreja para abrigar essas pessoas na fronteira com a Polônia.
No momento em que soube da invasão, o pastor polonês e sua igreja começaram a comprar camas, cobertores e outros suprimentos para o fluxo iminente de refugiados: “Foi um passo de fé”, disse o pastor.
De acordo com informações do portal Religion News Service, Skizypkowski está recebendo apoio do Conselho de Missões Internacionais (IMB) da Convenção Batista do Sul, e concedeu entrevista acompanhado do presidente da entidade, Paul Chitwood.
A igreja do pastor Skizypkowski, juntamente com muitas outras congregações na região, está servindo como uma linha de recepção para aqueles que fogem da guerra que se desenrola na Ucrânia, a maioria dos quais são mulheres e crianças, pois os homens que ele disse para ficarem para combater as forças russas.
Somente em um dia, a igreja ajudou um punhado de famílias a se mudarem para Gdansk, Polônia, Alemanha e Bélgica. Chitwood, que chegou à Polônia na segunda-feira, elogiou a igreja local por seus esforços:
“Eles derrubaram todos os bancos, derrubaram o púlpito”, disse ele. “Na verdade, eles têm leitos espalhados por toda a igreja, além de fornecer alimentos e roupas. Eles estão apenas fazendo um ótimo trabalho ajudando aqueles que estão realmente sofrendo agora”, acrescentou.
Ação de excelência
A postura do pastor Skizypkowski vem sendo elogiada, assim como a de inúmeros cristãos na Polônia, cujo gesto é incomparável à suposta ação humanitária de um parlamentar brasileiro, que sob a alegação de levar ajuda aos ucranianos, admitiu – em áudio vazado – o interesse de voltar ao país para fazer turismo sexual.
O líder da IMB destacou que a mensagem dos cristãos poloneses é “alta e clara”, e se tornou viável pela união dos crentes de toda a região, motivados por compaixão pois eles viram “muitas pessoas sofrendo, querendo ajudar, querendo compartilhar o amor de Cristo com eles e atender às suas necessidades”.
A ajuda dos cristãos poloneses é essencial neste momento, explicou o líder do IMB, porque há um verdadeiro sentimento de desespero entre os pastores e fiéis ucranianos com a invasão do presidente russo Vladimir Putin.
Embora seja, sem dúvida, devastador, Skizypkowski, pai de sete filhos biológicos e nove filhos adotivos, três dos quais com síndrome de Down, acredita que há um propósito divino em jogo.
Ao todo, na Polônia, existem aproximadamente 6.000 evangélicos da denominação batista em um total de 100 igrejas, disse o pastor polonês, acrescentando que muitos desses membros abriram suas casas e “corações” para refugiados ucranianos em busca de refúgio.