Igrejas associadas a uma entidade missionária estão enviando ajuda às vítimas da inundação causada pela destruição de uma represa na Ucrânia, na cidade de Nova Kakhovka.
A represa, que retém águas do Rio Dnipro, foi destruída em um ataque ainda não esclarecido. Tanto Rússia quanto Ucrânia acusam um ao outro pela destruição.
Em meio ao caos, a entidade Slavic Gospel Association (Associação Evangélica Eslava, SGA) está enviando recursos para as igrejas ucranianas ajudarem os desabrigados e, dessa forma, demonstrarem o Evangelho na prática.
“Estão chegando fotos de uma casa inteira flutuando rio abaixo, cachorros nadando e o gado tentando ficar de pé em pedaços de madeira por cima da água. Realmente, do ponto de vista humano, o custo dessas pessoas é inimaginável”, disse Eric Mock, porta-voz da SGA, de acordo com informações do portal MNN Online.
“No meio disso, as igrejas permanecem firmes, então o Evangelho chegará até eles. Ore para que a Palavra de Deus vá adiante. Ore para que a paz do Senhor que excede todo o entendimento esteja se alinhando no coração de muitos”, acrescentou Mock.
A invasão russa à Ucrânia chegou ao 16º mês, e informações sobre a situação no país indicam que 40% dos ucranianos precisam de ajuda diária para sobreviver. Há um sentimento generalizado de desespero, disse Alenka Stephenson, da missão Trans World Radio Europe (TWR): “Um dos maiores resultados desta terrível guerra é que o ministério floresceu em respostas e interações, especialmente online”.
“Temos mais de 100 mil inscritos de diferentes plataformas. Só com o Facebook, alcançamos mais de 2 milhões de pessoas”, disse a missionária, acrescentando que a equipe da TWR Ucrânia, sediada na capital Kiev, produz conteúdo cristão que é transmitido ao vivo em todo o país.
“Os voluntários fazem muitas viagens para visitar as áreas afetadas pelo combate. Eles entrevistam pessoas, conversam com elas e, é claro, levam as Boas Novas. Recentemente, eles organizaram um seminário familiar, onde pessoas que normalmente não frequentariam a igreja, estavam vindo. Muitos deles têm famílias desfeitas. Os homens estão na guerra, as esposas e filhos às vezes vão para o exterior ou são deslocados”, contextualizou.
A equipe de missionários vem trabalhando sem parar há quase um ano e meio, revelou ela: “Eles estão cansados, não apenas fisicamente, mas também emocionalmente”, concluiu, pedindo orações para que Deus os sustente em meio a essa situação.