A Convenção Batista do Sul, maior denominação evangélica dos Estados Unidos, segue sua postura firme contra as investidas progressistas, e depois de reafirmar que não ordena mulheres ao ministério pastoral, agora sinaliza que não se submeterá às teorias transgênero presentes na sociedade.
Albert Mohler, presidente do Seminário da Convenção Batista do Sul (SBC, na sigla em inglês), afirmou em um podcast que, se em algum momento uma igreja filiada ordenar uma mulher biológica que se identifica como um homem trans, essa congregação será desfiliada da convenção.
O assunto foi abordado por um ouvinte, e o pastor Mohler respondeu dizendo que o livro oficial da SBC “deixa muito claro que o gênero é uma parte da bondade da criação de Deus, tornando os seres humanos homens e mulheres”.
“Acho que qualquer leitura justa disso atende o que você está procurando aqui. A Fé e a Mensagem Batista da Convenção Batista do Sul são bastante claras. A revisão de 2000, agora voltando mais de 20 anos, teve que ser revisada para deixar bem claro que não há opção transgênero e não binária quando se trata do cristianismo bíblico”, acrescentou Mohler.
“Em cada geração, a Igreja cristã deve monitorar de perto o que pode ser assumido e o que deve ser articulado. Quanto mais nos demorarmos em toda essa confusão, acho que é seguro dizer que mais isso terá que ser articulado”, disse o presidente da SBC.
Em junho, na Reunião Anual da SBC em Nova Orleans, os participantes aprovaram de forma esmagadora uma emenda à constituição da Convenção para proibir as mulheres de servir como “pastores de qualquer tipo” nas igrejas membros. Essa votação deverá ser ratificada em 2024.
Na mesma Reunião Anual da SBC, os mensageiros também votaram para manter a desassociação da Igreja Saddleback, do famoso pastor Rick Warren, devido ao fato de que a megaigreja ter ordenado uma mulher ao cargo de pastora docente. Cerca de 90% dos mensageiros votaram pela desassociação de igrejas que têm mulheres no papel de pastor.
“Não é apenas uma questão de política da igreja; não é apenas uma questão de hermenêutica. É uma questão de compromisso bíblico, um compromisso com as Escrituras que inequivocamente acreditamos que limita o ofício de pastor aos homens”, afirmou Mohler à época, de acordo com informações do The Christian Post.