O pastor Silas Malafaia, mesmo sem um mandato legislativo, incorporou o papel de porta-voz da bancada evangélica na Câmara dos Deputados e afirmou recentemente que o grupo de parlamentares eleito pelos evangélicos não dará trégua na oposição ao PT.
Em entrevista ao jornalista Felipe Patury, da revista Época, Malafaia disse que o foco da bancada evangélica estará voltado para as comissões de Direitos Humanos e Minorias (CDHM) e Seguridade Social e Família (CSSF).
“Não daremos mole nos Direitos Humanos”, avisa o pastor da Assembleia de Deus Vitória em Cristo.
Na visão de Malafaia, a bancada evangélica ficou mais forte, e a do PT, mais fraca. Na atual legislatura, são 74 integrantes, contra 88 parlamentares do PT. A partir de 2015 a bancada petista será menor, com 70 cadeiras, enquanto, nas contas de Malafaia, os evangélicos serão 85.
“Com essa bancada, a causa gay foi para o saco”, disse Silas Malafaia a Patury. A força que o pastor prevê para os evangélicos lutarem contra as propostas petistas e de ativistas gays só poderá ser medida a partir do início da próxima legislatura.
Logo após as eleições, um levantamento feito a partir dos nomes mais conhecidos e eleitos para o próximo mandato, foi constatado um encolhimento da bancada evangélica, dos atuais 74 para 57.
No entanto, os integrantes da bancada registram um crescimento próximo a 15%, com 85 integrantes, o que pode ser explicado pela renovação de nomes, ainda desconhecidos do público, em substituição aos mais conhecidos que não foram reeleitos, como o pastor Marcelo Aguiar (DEM-SP).
A Frente Parlamentar Evangélica – nome oficial do grupo – teve seus principais líderes reeleitos. Os pastores Marco Feliciano (PSC-SP), Roberto de Lucena (PV-SP), Silas Câmara (PSD-AM), João Campos (PSDB-GO), Paulo Freire (PR-SP) , Hidekazu Takayama (PSC-PR) e Eurico (PSB-PE) voltam para mais uma legislatura.