A morte do adolescente homossexual Kaique Augusto dos Santos, de 17 anos, foi tratada pela mídia e ativistas gays como um caso de homofobia, e até a Polícia Militar de São Paulo foi alvo de críticas por ter registrado a ocorrência como suicídio.
Após investigações, a Polícia Civil chegou à conclusão de que Kaique realmente se matou, e a mãe do adolescente, ao lado de seu advogado, concedeu uma entrevista coletiva à imprensa e reconheceu, a partir de provas levantadas durante a investigação, que seu filho havia cometido suicídio.
Durante o auge da polêmica, o deputado federal e ativista gay Jean Wyllys (PSOL-RJ) usou sua página no Facebook para criticar os evangélicos, pois segundo ele, os líderes “fundamentalistas” seriam os responsáveis pelo crime de homofobia contra o adolescente.
Outra autoridade que se manifestou sobre o assunto foi a ministra dos Direitos Humanos Maria do Rosário. Em nota publicada antes do desfecho das investigações, Rosário aproveitou o episódio para discursar contra o presumido “crime de homofobia” contra Kaique.
“As circunstâncias do episódio e as condições do corpo da vítima, segundo relatos dos familiares, indicam que se trata de mais um crime de ódio e intolerância motivado por homofobia […] Diante desse quadro, reiteramos a necessidade de que o Congresso Nacional aprove legislação que explicitamente puna os crimes de ódio e intolerância motivados por homofobia no Brasil, para um efetivo enfrentamento dessas violações de Direitos Humanos. O Governo Federal reitera seu compromisso com o enfrentamento aos crimes de ódio e com a promoção dos direitos das minorias, em especial, com a população LGBT”, disse a ministra, em nota publicada pela Secretaria de Direitos Humanos.
Repercussão e críticas
O pastor Silas Malafaia, após a conclusão do inquérito que definiu a morte do adolescente como um suicídio, disse que a ministra Maria do Rosário deveria “ficar calada”, pois havia emitido um comunicado oficial presumindo que a morte havia sido um crime de homofobia, antes que a Polícia terminasse seus trabalhos.
“Se esse governo fosse um governo sério, ela já teria sido demitida, e fica uma pergunta: Por que grande parte da imprensa que deu destaque a questão do rapaz homossexual que morreu, inclusive dando holofote para essa ministra, não cobra uma posição contra ela? Lamento dizer que grande parte da imprensa é sectarista e possui uma predisposição para dar holofote às causas que envolvem a ideologia de esquerda”, protestou Malafaia.
De acordo com o pastor da Assembleia de Deus Vitória em Cristo (ADVEC), “não é de hoje que essa ministra fala bobagem na defesa ridícula do ativismo gay”. Malafaia ressalta que a ministra “é a mesma que quando deputada foi defensora de outra estupidez, a lei da palmada”.
Classificando a ministra como “uma pessoa precipitada, sectarista”, Malafaia chamou a atenção para uma situação que exige de Maria do Rosário uma atuação empenhada: “Interessante que há poucos dias uma menina de 6 anos morreu queimada em uma barbárie dos bandidos no Maranhão, e ainda tem membros de sua família em estado grave internada no hospital, e esta ministra ridícula não emitiu uma nota sequer. Quer dizer que direitos humanos é só quando envolve gays? E a questão dos presídios, no Maranhão? Não vai falar nada ministra?”, questionou.
Em sua conclusão, o pastor destacou que a morte de quem quer que seja é um fato a se lamentar, mas não deve ser usado como bandeira política.
“A verdade é que não somos a favor da morte de ninguém, seja por suicídio, assassinato, ou qualquer outro tipo de evento que possa tirar a vida de um semelhante. A polícia descobriu que depois que o rapaz saiu de uma boate gay, ele se jogou de cima de um viaduto em São Paulo, e descobriu também que ele deixou escritos se despedindo da família. Isto é mais uma prova da manipulação de dados. Em relação a homofobia, já tenho dito varias vezes que pelo menos 50% dos assassinatos de gays é briga de amor entre eles. O ativismo gay tenta tirar partido da desgraça dos outros afim de obter concessões e privilégios em detrimento dos outros segmentos sociais. A ministra também não perde tempo porque defender o ativismo gay é questão ideológica do PT, e para ser honesto, com raríssimas exceções, membros do PT não compactuam com isto”, afirmou.
Por Tiago Chagas, para o Gospel+