O ex-deputado federal Jean Wyllys usou as redes sociais para relatar um episódio, segundo ele, de desrespeito sofrido dentro de um táxi. O motorista do veículo era evangélico e estava ouvindo uma rádio evangélica, o que desagradou o ex-BBB.
“Acabo de mandar uma real para um taxista. Quando entrei em seu carro ele aumentou o rádio com um programa proselitista neopentecostal. Pedi que desligasse. Ele relutou em silêncio uns 10s. Repeti o pedido e ele então desligou”, iniciou Jean.
O motorista, então, teria questionado sobre o motivo do pedido. “’Mas por que?’, ele me perguntou. ‘Porque não sou evangélico’. E porque acho esse proselitismo de vocês desrespeitoso e arrogante. Nós somos um país com muitas religiões e com pessoas ateias”, respondeu o ex-deputado.
“Não somos obrigados a ouvir pregações e exorcismos em rádios de sua religião quando estamos pagando pelo seu serviço. Quando o senhor estiver só no carro, o senhor ouve sua pregação. Quando entrar um passageiro, tenha a educação de ao menos perguntar se ele quer ou não ouvir essa pregação gritada ou prefere ouvir música”, completou.
“Mal amado”
Figura conhecida nas mídias por ter protagonizado debates acirrados com o pastor Silas Malafaia na Rede TV, anos atrás, o biólogo Eli Vieira, que é ateu e homossexual, reagiu às declarações de Jean Wyllys, chamando o ex-deputado de “mal amado”.
Para o biólogo, a reação do ex-deputado foi desproporcional. Eli sugeriu que a sua reação, neste caso, seria bem humorada, trazendo a situação para o campo do diálogo e da brincadeira.
“Se fosse eu, ateu e gay, ia bater um papão com ele sobre se ele prefere a Ana Paula Valadão ou outra artista evangélica, e dar uma cutucadinha de leve mencionando a música infantil ‘quem pecar vai morrer’, e até contaria com bom humor que sou conhecido por ter respondido ao Malafaia”, comentou o biólogo, em resposta a Jean.
Eli também deu a entender que, a partir da sua própria experiência, os evangélicos não têm problemas de se relacionar de formar respeitosa com os homossexuais, desde que exista reciprocidade.
“Fui funcionário de um casal evangélico dono da escola em que trabalhei como coordenador, 2019-2021. Nunca tive problemas com eles, são pessoas ótimas”, disse ele, concluindo que “em outras palavras, meu querido, seu problema não é ser gay nem sem religião, seu problema é ser o Jean Wyllys.”. Confira:
Se fosse eu, ateu e gay, ia bater um papão com ele sobre se ele prefere a Ana Paula Valadão ou outra artista evangélica, e dar uma cutucadinha de leve mencionando a música infantil "quem pecar vai morrer", e até contaria com bom humor que sou conhecido por ter respondido ao… https://t.co/3yqhjWERGh
— Eli Vieira (@EliVieiraJr) March 8, 2024