A mídia está divulgando um vídeo em que uma pessoa identificada como Pastora quebra imagem de santa católica, repercutindo negativamente na internet. A imagem se trata de “Nossa Senhora Aparecida”, que é esmigalhada com golpes de marreta enquanto outras pessoas fazem orações de agradecimento a Deus pelo feito.
Apesar de no vídeo ser praticamente imperceptível identificar a menção ao nome “pastora”, uma reportagem divulgada na Rede Globo identifica a mulher como “Pastora Zélia“, da Igreja Aliança com Deus, Ministério Bariri, em Botucatu, interior de São Paulo. Assista o vídeo abaixo, voltamos em seguida:
https://www.youtube.com/watch?v=dBYYUSu64yc
Rapidamente, o vídeo que foi gravado, provavelmente, por um dos fiéis durante parte do culto religioso ocorrido em local público, feito por uma pequena igreja local até então desconhecida no país, se tornou conhecido no Brasil inteiro como mais um exemplo de intolerância religiosa retratado pela mídia envolvendo o nome dos evangélicos.
O vídeo foi postado nas redes sociais e logo depois apagado, porém, ele já tinha sido salvo e reproduzido por outros internautas. Segundo reportagem do GI, o Conselho de Pastores do município vai entrar em contato com a Pastora Zélia para saber mais informações sobre o fato.
Dois pesos, duas medidas
Em 2013, na ocasião da “Marcha das Vadias”, evento público de alcance nacional que reuniu mais de 1.000 pessoas em um dos principais cartões postais do Rio de Janeiro, a orla carioca, aconteceu algo que não teve relação alguma com culto religioso, mas com o que grande parte da mídia chamou de “manifestação”, veja:
No registro das imagens acima, vemos alguns exemplos de “manifestantes” que durante um dos maiores eventos católicos do mundo, a Jornada Mundial da Juventude, quebraram imagens dos santos católicos, introduziram crucifixo nas partes genitais e no ânus, entre outros atos de vilipêndio público a crença católica. O caso, porém, embora proporcionalmente mais significativo, não ganhou a devida repercussão como ato de intolerância religiosa.
Exemplo de respeito entre evangélicos e católicos
Pouco mais de seis meses atrás, na Igreja Católica na cidade Patos, no Sertão da Paraíba, um homem invadiu o templo para quebrar as imagens de Jesus Cristo e Maria Madalena. Próximo do local, membros de uma igreja evangélica que realizava um culto no momento do incidente impediram a agressão.
“Estamos aqui para trabalhar para a comunidade, independe de ser evangélica ou não. Estamos aqui para respeitá-los e para conviver”, disse o pastor Jonas Batista em publicação no G1.
Ainda segundo o mesmo portal, o invasor que chegou ao local dirigindo uma moto por volta das 20h no dia 28 de maio, foi identificado pelos familiares, que justificam sua atitude devido ao fato dele ser um doente mental. Membros da Igreja Católica agradeceram a ajuda dos evangélicos:
“Graças a Deus houve essa solidariedade dos nossos irmãos evangélicos, que estavam no culto deles, viram o fato e vieram correndo ajudar. Caso contrário, ele teria entrado e danificado”, afirmou o o secretário do templo, Joseildo Lopes a reportagem.