O cabo Daciolo será oficialmente anunciado como candidato à presidência da República no próximo sábado, dia 04 de agosto. na convenção do Patriota, partido ao qual se filiou após deixar o Avante.
A informação sobre a confirmação da candidatura de Daciolo ao Planalto foi publicada pelo portal Coluna Esplanada: “A ascensão meteórica com discurso retórico denunciante para todo lado levou Cabo Daciolo, deputado federal do Rio de Janeiro, ao estrelato dos ’15 minutos’ pelo Patriota”.
O Patriota (antigo Partido Ecológico Nacional) tinha como alvo atrair a candidatura de Jair Bolsonaro, quando o deputado ainda era filiado ao PSC. “Após o partido perder o capitão Jair Bolsonaro, investe no bombeiro Daciolo para presidente. […] O Patriota investia em Bolsonaro desde o início do ano – o deputado líder nas pesquisas chegou a assinar uma carta de intenção de filiação ao partido – mas as negociações travaram”, acrescentou o Coluna Esplanada.
O entrevero, segundo Adilson Barroso, fundador do Patriota, surgiu de uma exigência de Bolsonaro: o controle da diretoria executiva do partido nas mãos de seus três filhos parlamentares (um deputado federal, um estadual no Rio e um vereador no Rio). Com isso, Barroso desistiu do convite e Bolsonaro se filiou com dois de seus filhos ao PSL.
Trajetória
Daciolo já havia anunciado sua intenção de disputar a presidência da República em fevereiro deste ano, afirmando que tinha confiança de que chegaria ao posto: “Deus está no controle“.
Antes, porém, disse que tinha recebido uma revelação de que seria o próximo governador do Rio de Janeiro.”É sobrenatural“, afirmou o parlamentar, em novembro de 2017.
A trajetória política do cabo do Corpo de Bombeiros do Rio de Janeiro é permeada de polêmicas. Filiado ao PSOL, ele disputou as eleições em 2014 e só foi eleito pelo coeficiente eleitioral, catapultado pela votação dos deputados Jean Wyllys e Chico Alencar.
Ao assumir o mandato, propôs uma emenda à Constituição que modificiaria o texto da Carta Magna afirmando que “o poder emana de Deus”, e não do povo, como foi definido durante a Assembleia Constituinte de 1988. Com a polêmica, terminou expulso do PSOL, e precisou migrar para o PTdoB, posteriormente para o Avante e, finalmente, ao Patriota.