A luta contra a ideologia de gênero é uma batalha antiga no Brasil, que remonta os anos de 2010 e 2011. Muito embora algumas conquistas tenham sido alcançadas, o avanço dessa agenda continuou por meio do ativismo judicial. Agora, por exemplo, uma pastora está sendo intimada por protestar contra a “linguagem neutra”.
Se trata de Daniela Linhares, filha do pastor Jorge Linhares, da Igreja Batista Getsêmani, em Belo Horizonte, Minas Gerais. A jovem cristã aguerrida se levantou contra uma medida inclusa em um pacote de propostas para ser instalado nas escolas do seu estado.
Trata-se justamente da obrigatoriedade do ensino da “linguagem neutra” em sala de aula. Esse conceito é fruto da ideologia de gênero, a qual ensina que o sexo biológico não é o bastante para definir a sexualidade humana. Dessa forma, segundo essa narrativa, meninos podem ser meninas e meninas podem ser meninos.
Visando reforçar essa visão deturpada da sexualidade humana, a linguagem neutra busca destituir da linguagem os termos característicos dos sexos masculino e feminino, como “menino” e “menina”, ou “todos”, substituindo-os por uma variação que não pertente à língua portuguesa, como “meninex” ou “todes”.
Ciente disso, a pastora Daniela Linhares resolveu protestar contra a proposta. “Alguns estão usando a máquina pública para destilar ódio, machismo e preconceito religioso. Como cidadã, fui participar de uma audiência pública para defender uma melhor qualidade de ensino nas escolas”, disse ela.
Intimada
Como resultado, Daniela Linhares acabou sendo intimada pela Justiça, após uma defensora da pauta LGBT+ nas escolas alegar que teria se sentido ofendida. Segundo a pastora, a ação é fruto de intolerância religiosa.
“O Colégio Batista Getsêmani se manifestou, vários pais e mães de outros movimentos também se manifestaram”, disse Daniela. “Ela está me acusando de xingamentos que não foram feitos por mim e nós temos imagens provando isso”.
“Foi perseguição religiosa, pois havia lá diretores de escolas, vários líderes de movimentos, mães de direita e eu fui a única pessoa a receber uma intimação, onde fica bem frisado que eu sou pastora”, ressaltou, segundo informações do portal Guiame.
Daniela Linhares, por fim, explicou que a sua luta contra a implementação da linguagem neutra nas escolas também tem a ver com liberdade religiosa, uma vez que os cristãos poderão ser alvos de ações devido ao ensino religioso à luz da Bíblia Sagrada, mesmo nas igrejas.
“Estão tentando me calar, me intimidar para não lutar por uma educação de qualidade, mas não vão conseguir”, disse ela. “A gente se preocupa com isso, por isso é uma luta de todos, não só da Igreja”, conclui a pastora.