Após conquistar terreno no campo da saúde e dos direitos civis, o ativismo LGBT+ quer ir além, modificando agora até mesmo a forma correta da humanidade se comunicar, através da chamada “linguagem neutra“.
O Peru, no entanto, criou uma barreira para impedir que a ideologia de gênero deturpe a linguagem de crianças e adolescentes no país. Para isso, foi aprovada uma lei que proíbe o ensino da linguagem neutra, também chamada de linguagem “inclusiva”.
A lei n° 3464/2022-CR foi apresentada pela deputada Milagros Jáuregui, e aprovada na Comissão de Educação do Congresso da República do Peru. De acordo com o texto, a proposta “especifica o uso correto da linguagem inclusiva evitando a separação da linguagem para referir-se a homens e mulheres nos manuais escolares”.
Acomodação social
Apesar de ser uma grosseira distorção do idioma, a linguagem neutra vem ganhando força em alguns setores da sociedade, e isso graças ao que pode ser chamado de acomodação social.
Ou seja, o processo pelo qual a sociedade é induzida à aceitação de algo de forma paulatina, mediante a insistência e o trabalho sistêmico de grupos organizados, como é o ativismo LGBT+.
Milagros, no entanto, lembrou que especialistas de reconhecimento internacional rejeitam esse tipo de ativismo na área do ensino. “Isso não é apenas impróprio, mas é criticado por autoridades linguísticas em nosso país e no exterior”, disse ela, segundo o Guiame.
A deputada citou como exemplo o ganhador do prêmio Nobel de Literatura, Mario Vargas Llosa, que durante uma entrevista chamou de “aberração” o uso da linguagem neutra.
“Nosso Prêmio Nobel de Literatura, Mario Vargas Llosa, apontou que: ‘A chamada linguagem inclusiva é uma espécie de aberração dentro da linguagem, que não vai resolver o problema da discriminação contra as mulheres, que, se devemos combatê-la , mas de uma forma realmente eficaz’”.
Assista, abaixo, o trecho da entrevista em que um dos maiores escritores do mundo na atualidade opina sobre o assunto, dando gargalhadas ao ser questionado pelo entrevistador: