Considerada por muitos uma aberração linguística que tem por único objetivo normatizar a ideologia de gênero, a linguagem neutra foi alvo de críticas, também, do presidente da Bancada Evangélica no Congresso Nacional, o deputado federal e pastor Eli Borges (PL-TO).
Em uma entrevista para o jornalista Ricardo Noblat, o líder que representa os políticos evangélicos criticou o uso de expressões como “todes” ou “todxs”, em vez de “todos”, ou “meninxs” em vez de “menino” e “menina”.
“Já pensou quantas mil expressões vão tirar do nosso dicionário? A dificuldade que as pessoas terão para fazer a leitura em braile”, pontuou Borges, lembrando como seria preciso fazer um verdadeiro carnaval de mudanças na norma da língua portuguesa, a fim de acomodar a linguagem neutra.
Os defensores dessas alterações, membros e simpatizantes da causa LGBT+, alegam que o uso de expressões sem os pronomes femininos e masculinos servem para “incluir” o público que não se identifica como homem ou mulher, também chamados de “não binários”.
O deputado Borges, por sua vez, explica que ser contra a linguagem neutra não significa ir de encontro aos direitos básicos do público LGBT+. “Ninguém aqui está lutando contra a busca homoafetiva. A intimidade tem que se viver na intimidade”, disse ele.
É meio de imposição
O líder da bancada evangélica, por fim, argumenta que o uso da linguagem neutra é nada mais do que uma estratégia inventada para impor a ideologia de gênero às crianças, através das escolas.
“A linguagem neutra vem como mais um posicionamento para tentar implantar no mundo e no Brasil a questão da ideologia de gênero. Aí, a criança na escola vai querer saber porque nã [sic] é mais menina ou menino. E nessa hora tem que explicar. E aí começa o caminho da doutrinação nas escolas”, concluiu o deputado.
Foi visando combater o avanço de pautas dessa natureza que o senador Magno Malta já apresentou um novo Projeto de Lei, o PL 660/2023, para resgatar o projeto Escola Sem Partido. Para saber mais a esse respeito, veja abaixo:
Evangélico, senador Magno Malta apresenta projeto para resgatar o Escola Sem Partido