Uma pesquisa do Ibope mostrou que a candidatura de figuras da bancada evangélica à reeleição vem sendo bem aceita por parte da sociedade. Em São Paulo e Rio de Janeiro, líderes evangélicos despontam entre os mais mencionados pelos eleitores sobre a intenção de voto para deputado federal.
O pastor Marco Feliciano (PSC) está entre os cinco primeiros candidatos a deputado mais mencionados pelos entrevistados. Em 2010, o líder da Assembleia de Deus Catedral do Avivamento obteve pouco mais de 212 mil votos e ficou em 12º lugar entre os mais votados.
“Feliciano, 12º mais votado há quatro anos, foi alçado ao top 5 após ficar famoso por declarações de tom homofóbico”, escreveu o jornalista Bernardo Mello Franco, na coluna Painel do jornal Folha de S. Paulo.
À frente de Feliciano aparecem apenas Tiririca (PR) – eleito em 2010 com o recorde de 1,3 milhão de votos -; Celso Russomano (PRB); Paulo Maluf (PP) e Baleia Rossi (PMDB). “Maluf e Russomanno são velhos conhecidos do eleitor. Baleia Rossi é filho de Wagner Rossi, o ex-ministro da Agricultura ‘faxinado’ no início do governo Dilma sob suspeita de irregularidades”, relembrou o jornalista.
Já no Rio de Janeiro, a filha do candidato a governador Anthony Garotinho (PR), Clarissa Garotinho é a primeira colocada nas intenções de voto dos eleitores para o cargo de deputado federal
O parlamentar evangélico Eduardo Cunha, líder da bancada do PMDB na Câmara dos Deputados, aparece em terceiro lugar nas pesquisas, atrás do católico Jair Bolsonaro (PP), que é conhecido por declarações polêmicas contra a homossexualidade e os ativistas gays.
Bolsonaro se popularizou entre o eleitorado evangélico quando manifestou apoio a Marco Feliciano durante a crise política na Comissão de Direitos Humanos e Minorias (CDHM) provocada por protestos dos ativistas gays, que pediam a saída do pastor da presidência da pasta.