A insistência do grupo de humoristas Porta dos Fundos em tentar fazer graça com questões religiosas segue gerando polêmicas desnecessárias e motivando ações judiciais. A mais nova pode resultar em uma indenização de quase R$ 5 milhões.
Em outubro de 2016 o Porta dos Fundos publicou um vídeo que tentava fazer humor com a interpretação católica a respeito de quem terá acesso ao Paraíso após a morte. No fundo, o conteúdo era uma crítica aguda a essa tradição católica.
Protagonizado por dois ateus – Fábio Porchat e Gregório Duvivier – o vídeo mostra um católico chegando ao céu e sendo recepcionado por Deus (Porchat), que indica um hóspede veterano, Adolf Hitler (Duvivier) para mostrar cada canto do céu ao novo residente.
Indignado, o católico pergunta a Deus se ele sabia que Hitler foi um ser humano horrível, e Deus simplifica dizendo que na hora da morte ele pediu perdão. Perguntando por parentes, o novo salvo não encontra os pais porque eles comeram frutos do mar e trabalharam em “dia santo”.
Processo
Permeado de exageros, o vídeo “Céu Católico” tornou-se alvo de um processo do Centro Dom Bosco, que quer R$ 1 de indenização por cada visualização da vídeo. Atualmente, o esquete conta com 4,9 milhões de visualizações.
O jornalista Guilherme Amado, do jornal O Globo, noticiou a ação e afirmou que “o Porta dos Fundos poderá rir de nervoso em breve”, já que o deboche do Porta dos Fundos poderá virar uma indenização multimilionária.
Em outras ocasiões, o Porta dos Fundos já fez vídeos no mesmo tom com evangélicos e também católicos, sempre gerando reações de grupos religiosos que vão à Justiça pedir algum tipo de reparação.