A Polícia Civil de Mato Grosso do Sul apreendeu um arsenal de armas de fogo na casa de um pastor na última quarta-feira, 03 de abril, na cidade de Sidrolândia, a 71 quilômetros da capital Campo Grande. O líder evangélico, de 43 anos, foi preso.
Luciano Linzmeyer, pastor evangélico, era alvo de um mandado de busca e apreensão expedido pela Justiça por conta de um inquérito que investigava supostas ameaças feitas pelo pastor a um pedreiro no fim de 2017.
O profissional havia trabalhado como mestre de obras na reforma da igreja em que Linzmeyer é pastor, e após um desentendimento, o religioso teria feito ameaças de morte e perseguido o pedreiro pelas ruas da cidade para matá-lo, segundo informações repassadas pela Polícia Civil.
De acordo com o portal Campo Grande News, o pastor foi preso em flagrante com armas e mais de 800 munições, além de um colete à prova de balas.
Os policiais encontraram um revólver calibre 38 com seis munições, uma espingarda calibre 4.5 e um rifle calibre 22. Além disso, foram encontrados capuz, carregador de pistola 9 milímetro, luneta de mira holográfica, um kit de limpeza para espingarda, um colete a prova de balas, um coldre para revólver, peruca, soco inglês e outras 847 munições – sendo cinco calibre 38, uma calibre 12, 150 calibre 9 mm e 691 calibre 22.
No depoimento à Polícia, o pastor afirmou ser construtor civil autônomo e negou as ameaças pela qual é investigado. Sobre as armas, disse que são todas de uma “coleção de família”, que o revólver calibre 38 apreendido passou de geração para geração e que guarda os acessórios porque sempre gostou de “coisas táticas”, mas afirmou que nunca havia usado.
As munições 9 milímetros são de uso restrito das Forças Armadas, e Linzmeyer alegou tê-las comprado por engano. Sobre o colete à prova de balas, o pastor disse que ganhou de um amigo, mas se negou a identificá-lo, e não quis confirmar se participava de caças.
O delegado Diego Dantas, da Delegacia de Polícia Civil de Sidrolândia, indiciou o pastor por posse ou porte ilegal de arma de fogo de uso restrito e por receptação, por conta do colete encontrado na casa, já que para comprar o equipamento é necessária uma autorização prévia do Exército e também documentação necessária para importação, o que o pastor não possuía.