A tentativa de várias igrejas cristãs de retomar suas atividades durante a pandemia do novo coronavírus continua sendo um grande desafio. Isso porque, mesmo em reuniões ao ar livre, onde o risco de contaminação com o vírus é muito menor, os fiéis ainda enfrentam a hostilidade das autoridades.
Um caso recente ocorrido no estado de Idaho, nos Estados Unidos, ilustra bem essa realidade. Durante um culto no estacionamento de uma Prefeitura, três cristãos foram levados presos, segundo informações do Daily News.
O evento ocorreu no dia 23 e reuniu várias pessoas, muitas com bíblias, onde cantaram louvores e fizeram orações a Deus. Elas também usaram a oportunidade como forma de chamar atenção sobre a necessidade de voltarem às reuniões nos templos.
“Queríamos fazer uma declaração de que estamos prontos para voltar ao normal”, disse Ben Zornes, pastor da Igreja de Cristo e organizador do evento. Outro líder de grande destaque que defende a retomada dos cultos nos templos é o pastor e escritor John MacArthur.
MacArthur, que vem enfrentando processos judiciais por se recusar a fechar o templo da sua igreja, já disse que se for parar na prisão por causa disso, transformará a ocasião em uma oportunidade para evangelizar os presos.
“Recebemos uma carta com a ameaça de que seríamos multados ou eu poderia ir para a prisão por no máximo seis meses”, disse, conforme já noticiado pelo Gospel Mais, destacando a sua posição diante da possibilidade.
“Se eles quiserem me colocar na prisão, estou aberto para um ministério na prisão. Já fiz muitos outros ministérios e não tive a oportunidade de fazer esse, então farei isso”, frisou o pastor.
O principal argumento dos líderes cristãos que pedem a retomada das atividades religiosas nos Estados Unidos consiste na comparação com outros serviços, os quais já tiveram retomada, assim como com às manifestações raciais que ocorrem nas ruas do país, onde centenas de pessoas se aglomeram, mas que, aparentemente, não são acusadas de violar regras da quarentena.