Um pastor que atua na pregação de rua e chegou a ser preso em Londres, na Inglaterra, foi absolvido pela Justiça e agora testemunha mais uma vitória para a liberdade de expressão e de religião na terra da Rainha.
No dia 23 de abril de 2021, há quase um ano, o pastor John Sherwood (à época com 71 anos) parou em frente à entrada da estação de Metrô Uxbridge e passou a pregar às pessoas que por ali passavam. Em certo momento, as alguns cidadãos passaram a acusa-lo de homofobia.
Sherwood foi denunciado à Polícia Metropolitana porque “ousou falar em sua pregação de rua que Deus criou apenas dois sexos, macho e fêmea, homem e mulher”, citando Gênesis 1:27, 28, segundo relatos de testemunhas.
A Polícia Metropolitana o levou à delegacia, onde o pastor foi fichado e posteriormente libertado sem acusação, mas um registro do caso foi encaminhado ao Crown Prosecution Service (espécie de Ministério Público britânico), o que resultou em um processo que se estendeu ao longo do último ano.
De acordo com informações do portal TCW, “o julgamento do pregador de rua ocorreu no tribunal de magistrados de Uxbridge na semana passada, e ele foi absolvido das acusações de ordem pública feitas contra ele”.
O colunista do TCW, pastor Peter Simpson, comentou que a decisão da Justiça “representa um alívio bem-vindo no ataque às liberdades cristãs na Grã-Bretanha contemporânea.
“O julgamento foi bastante notável porque houve muitas citações das Escrituras. O pastor Sherwood estava determinado a convencer a acusação de que tudo sobre o que ele pregava está fundamentado na autoridade final da palavra de Deus, a Bíblia”, pontuou Simpson.
“Durante sua defesa, o pastor Sherwood explicou que em nenhum momento ele estava atacando ou depreciando qualquer indivíduo. Sua motivação era apenas que seus ouvintes, quem quer que fossem, pudessem se arrepender do pecado e crer em Cristo para a salvação eterna”, acrescentou o colunista.
Pregação de rua
Peter Simpson, que compareceu ao tribunal para acompanhar o julgamento do colega pastor, relatou que “o artigo 10 da Lei de Direitos Humanos de 1998 foi um fator em vários argumentos legais durante o julgamento”.
O texto do artigo declara que “todo mundo tem direito à liberdade de expressão […] incluindo a liberdade de ter opiniões e de receber e difundir informações e ideias sem interferência da autoridade pública”.
“Apesar desse resultado favorável, os cristãos que acreditam na Bíblia precisam permanecer vigilantes. O establishment precisa perceber que o testemunho cristão público é parte integrante da vida britânica, e nossas forças policiais precisam de alguma educação básica na história desta nação. A pregação ao ar livre é uma característica de longa data da cena britânica e de nossa cultura baseada no cristianismo e amor à liberdade”, concluiu o colunista Peter Simpson.