A Igreja Cristã, na China, tem passado por intensa perseguição religiosa com o país sob o comando do ditador Xi Jiping. Segundo informações da organização Bitter Winter, agentes a serviço do regime comunista têm utilizado até o espancamento para reprimir os seguidores de Cristo.
É o caso dos cristãos Lian Changnian, Lian Xuliang e Fu Juan, que estão há quase dois meses presos em “prisão domiciliar”, após serem acusados de conspirar contra a ditadura comunista da China.
Os três são membros da histórica Igreja da Abundância, que existe há cerca de 30 anos na China. A denominação, contudo, passou a ser alvo de perseguição por parte dos agentes comunistas, após se recusar a integrar o movimento das “Três Autonomias”, criado pelo governo para representar as igrejas chinesas autorizadas a funcionar.
O movimento, também chamado de “Igreja das Três Autonomias”, é nada mais do que um sistema criado pela ditadura chinesa para controlar o funcionamento das igrejas no país. Quando líderes cristãos ou denominações se recusam a participar, automaticamente são considerados uma ameaça e “clandestinos”.
Falsas acusações
A Bitter Winter informou que para tentar obter testemunhos negativos contra Lian Changnian, Lian Xuliang e Fu Juan, membros da Igreja da Abundância foram espancados por policiais locais.
O objetivo, de acordo com a entidade, seria colher depoimentos para reforçar a falsa acusação de que os cristãos presos, que são pastores e líderes locais, estariam usando a denominação para cobrar dinheiro ilegalmente dos fiéis.
“O plano de Xi Jinping de obrigar todos os cristãos protestantes a se juntarem à Igreja das Três Autonomias controlada pelo governo ou enfrentar prisão e ‘liquidação’ de suas igrejas como xie jiao ou grupos religiosos ‘ilegais’ está sendo impiedosamente implementado”, diz a Bitter Winter.
A entidade pede aos cristãos que orem pelos irmãos presos e perseguidos na China, a fim de que Deus os ajude a enfrentar esse covarde momento de intolerância contra a liberdade da fé cristã.