Um caso intrigante chamou atenção de autoridades, líderes religiosos e da sociedade civil, após um homem ser detido pela polícia de Londres, na Inglaterra, por evangelizar ao ar livre.
Segundo informações preliminares, o pregador de origem nigeriana teria feito declarações consideradas “islamofóbicas”, motivando as acusações de “racismo” contra ele.
Devido a forma “politicamente correta” como é tratada a religião islâmica, não se sabe ainda se o pregador estava apenas refutando a doutrina islâmica, através da Bíblia, ou se ele realmente disse palavras ofensivas contra os muçulmanos.
A Inglaterra é o país que mais foi “islamizado” nos últimos anos, após a onda de refugiados muçulmaos que atingiu a Europa, vindos de países como a Síria.
Um vídeo divulgado no Twitter mostrou o momento da abordagem policial. Nele é possível observar o pregador questionando o motivo da sua prisão, enquanto os policiais dizem que ele estava perturbando a paz no local.
“O que você está fazendo aqui?”, perguntou o policial ao pregador, que estava próximo à estação de metrô de Southgate. “Eu estou pregando”, respondeu o evangelista.
“Vou exigir que você vá embora”, disse o policial, sendo imediatamente respondido pelo pregador, que negou se retirar do local.
“Bem, então eu vou prendê-lo por perturbar a paz”, disse o policial. O evangelista questionou, alegando que estava apenas pregando o Evangelho e que deveria dizer a verdade.
“Eu não irei embora, porque preciso lhes contar a verdade: porque Jesus é o único caminho, a verdade e a vida”, disse o homem, rebatido pelo policial.
“Mas ninguém quer ouvir isso. Eles querem que você vá embora. Você está causando problemas, você está incomodando o dia das pessoas e está violando a paz delas. Se você não for embora voluntariamente, teremos que prendê-lo”.
Em seguida, o evangelista foi algemado e outro policial tirou a Bíblia das suas mãos. “Não leve minha Bíblia embora”, disse o homem, já emocionado, por ter seu direito de liberdade violado publicamente.
O policial, no entanto, retrucou: “Você deveria ter pensado nisso antes de ser racista!”.
O mais surpreendente é que ninguém no momento do acontecido apresentou queixa contra o evangelista, especialmente sobre o suposto ato de racismo. A própria polícia de Londres, posteriormente, admitiu isso.
“Ninguém fez uma alegação formal para esse efeito e nenhuma linguagem dessa natureza foi usada na presença de oficiais”, disse um comunicado das autoridades, segundo o Faithwire.
Com a divulgação do vídeo, até mesmo ateus criticaram a ação policial. Rev. Dr. Gavin Ashenden, sacerdote anglicano e ex-capelão da rainha britânica, manifestou sua indignação em uma postagem no Twitter.
“A polícia limitou sua liberdade de expressão e se tornou anticristã. Se deixarmos de protestar, perderemos nossa liberdade perante a lei”, escreveu ele.