O jogo Fortnite é um fenômeno de público, com mais de 250 milhões de usuários nas diferentes plataformas disponíveis (PC, PS4 e Xbox). Com números tão expressivos, os relatos de pessoas que têm se tornado viciadas levou o príncipe Harry a pedir sua proibição.
A sugestão de Harry (sexto na linha de sucessão do trono britânico) aconteceu durante um evento da Associação Cristã de Moços (YMCA, na sigla em inglês) na última semana.
De acordo com informações do portal Express, o duque de Sussex afirmou que jogos e redes sociais são, atualmente, mais viciantes que drogas ou álcool, e que por isso, Fortnite deveria ser proibido.
Na avaliação do príncipe, o jogo foi “criado para viciar”, o que já seria indício suficiente para seu banimento: “Esse jogo não deveria ser permitido. Onde está o benefício de tê-lo em sua casa? Foi criado para viciar. Um vício para mantê-lo na frente de um computador pelo maior tempo possível. É irresponsável”, criticou Harry.
O príncipe fez um alerta sobre ações que os pais deveriam tomar para fazer com que seus filhos interajam mais com o mundo exterior, mas admitiu que muitos não sabem como resolver o problema. “Os pais levantaram as mãos – eles não sabem o que fazer sobre isso. É como esperar que o dano seja causado”, lamentou.
Já sobre as redes sociais, Harry fez crítica similar, pois elas se tornaram um vício aceito e ainda pouco reconhecido como algo prejudicial: “É mais perigoso porque é normalizado e não há restrições para isso. Estamos em um momento de alteração da mente”.
Especialistas ao redor do mundo têm debatido sobre o poder de vício dos jogos eletrônicos. Há a expectativa de que uma “doença de jogatina” seja incluída na Classificação Estatística Internacional de Doenças (CID) no fórum da Organização Mundial da Saúde em maio próximo.