A cantora Priscilla, que abandonou a música gospel e adotou um tom de agressividade contra o segmento evangélico, que por décadas viabilizou sua carreira artística. Em uma nova entrevista, a artista afirmou que a reprovação dos evangélicos a ela é motivada apenas por desejo de “encher o saco”.
A mudança de carreira de Priscilla começou em 2021, quando disse que focaria seus esforços no pop e não daria mais prioridade ao gospel. Em muitas ocasiões, declarou que continuava cristã, mas não estava mais presa aos padrões do mercado de música consumido pelos evangélicos.
Em 2023, Priscilla decidiu abandonar o sobrenome para fins artísticos e dessa forma marcar uma guinada em sua carreira. Como toda mudança radical, a cantora se distanciou ainda mais dos evangélicos por sua postura, figurino e declarações. E como forma de justificar sua escolha, afirmou à Veja que abandonou o “fundamentalismo”:
“Ao crescer na vida pessoal e profissional, vi que não precisava mais ser refém dessa pressão. O convívio com pessoas LGBTQIA+ foi uma ótima ferramenta para me desligar do fundamentalismo. Agora, cabe a mim sempre me posicionar como aliada [da causa gay]”, declarou Priscilla, pontuando que o meio evangélico “rejeita todo tipo de diversidade”.
Ela também afirmou que o convívio com a militância LGBT+ acelerou seu desligamento da igreja: “Por muito tempo, vi a religião me distanciar das pessoas e apartá-las desse Deus que amo. Quando comecei a raciocinar, compreendi que a espiritualidade só é útil se, ao contrário, me aproximar dos outros”.
Explicitando muito da forma como ela mesma se vê, Priscilla acusou os evangélicos que a criticam de não aprecia-la enquanto ela era artista gospel, e que agora praticam um “quase masoquismo” ao reprovarem sua conduta: “Atitudes assim existem porque as pessoas não buscam mais consumir algo que lhes agrade, e, sim, aquilo que pode ser criticado. É uma forma doentia de se viver digitalmente. Só querem encher o saco”, encerrou.