O lançamento do clipe Quer Dançar, da ex-cantora gospel Priscilla, trouxe figurino e coreografias que fogem completamente do perfil que era sustentado por ela durante seu tempo como artista cristã. Para o pastor Yago Martins, tudo que ela está apresentando já fazia parte de sua visão de mundo.
Em um Stories compartilhado na manhã desta sexta-feira, 10 de novembro, Priscilla declarou estar “muito feliz” com o resultado alcançado com seu novo clipe em parceria com o Bonde do Tigrão, grupo que fez fama no funk nos anos 2000.
“A gente teve um lançamento muito incrível, e eu só queria agradecer e dizer que é literalmente só o começo. É muito gratificante para mim ter oportunidade de mostrar para as pessoas que já me seguiam e estão me acompanhando a partir de agora, a artista que eu sou, que eu quero ser, que eu tenho para ser agora. Então, eu estou muito feliz”, declarou Priscilla.
Segundo ela, parte da satisfação vem dos aplausos recebidos no meio secular: “Ver o feedback e a resposta das pessoas melhora tudo. Eu estou muito feliz. Eu estou lendo tudo, acompanhando tudo, a gente está em primeiro [no] ‘Em Alta’ no YouTube. Muito obrigada, continuem ouvindo, curtindo. Tem muito mais por vir. Eu só queria dizer mesmo que eu estou muito feliz, muito satisfeita, e eu sabia que tudo ia dar certo”, finalizou.
Mudança?
O pastor Yago Martins foi questionado no Instagram sobre o assunto: “Sei que o tema é chato, mas como analisa a mudança da Priscilla? Acha que é fruto da falência moral?”, questionou um seguidor.
O apresentador do canal Dois Dedos de Teologia respondeu de forma objetiva, apontando para a realidade do segmento evangélico: “Zero mudança. Estava tudo lá. O jovem gospel que já normalizou o tipo de cristianismo descompromissado da cultura”.
Yago abordou, indiretamente, o tema da cosmovisão cristã, uma matéria pouco ensinada no Brasil sobre como o cristianismo molda e comissiona os cristãos na relação com a sociedade. Essa percepção também foi usada pela palestrante Vitória Reis:
“A relativização tem seu preço. Não entendo a surpresa agora, afinal, não foi do nada. Cada vez mais os padrões seculares desse mundo tem tido espaço nas igrejas. A conta chega, ela sempre chega. Permitir que o secularismo invada os nossos ambientes através de ‘pequenas’ ideias destrutivas tem consequência”, analisou, em um carrossel publicado no Instagram.
Citando a segunda carta do apóstolo Paulo a Timóteo (4:2-5), Vitória afirmou que os inimigos da cruz “não precisam mais destruir fisicamente as igrejas, basta tomar a mente dos cristãos”: “O estrago está bem na nossa cara. Só não vê quem não quer! Espero que toda essa ‘polêmica’ nos sirva de alerta. Temos muito trabalho a ser feito!”, finalizou Vitória Reis.