Políticas públicas em favor da saúde, segurança e educação fazem parte da sociedade. Contudo, quando elas ameaçam a liberdade dos pais sobre a forma como desejam conduzir a formação dos seus filhos, incluindo a decisão sobre medidas controversas que podem afetas suas vidas, a realidade se torna bem diferente.
Foi sobre isso que a professora Verônica Rodrigues gravou um vídeo, a fim de alertar aos pais sobre como o Estado brasileiro, atualmente, vem avançando em medidas que vão na contramão da liberdade familiar, como a promoção da vacinação obrigatória contra o COVID para crianças.
A docente evangélica usou como exemplo uma notícia publicada dias atrás, onde é dito que uma conselheira de Jaraguá do Sul, em Santa Catarina, ao falar da vacinação, afirmou que “as crianças e adolescentes não são propriedades dos pais, mas sim sujeitos de direito”.
A fala é vista com preocupação por parte dos conservadores, não por discordarem dos direitos inerentes à criança e ao adolescente, mas por entenderem que sempre cabe à família, e não ao Estado, o papel de decidir o que é ou não melhor para seus filhos, obviamente considerando as devidas proporções de razoabilidade e contexto.
Para a professora Verônica, a omissão e negligência de muitos pais tem feito com que a sociedade encare como “normal” circunstâncias onde famílias são ameaçadas, por exemplo, por não concordarem com determinadas diretrizes públicas.
Plano de Educação
Um exemplo de possível ameaça à liberdade da família, consequentemente ao futuro de crianças e adolescentes, são as diretrizes propostas pelo atual governo no campo da educação.
A cada dez anos, o Estado brasileiro realiza uma Conferência Nacional de Educação (CONAE) que tem por objetivo estabelecer as diretrizes educacionais para a rede pública de ensino, o Plano Nacional de Educação (PNE), o qual vem chamando atenção de autoridades políticas, jurídicas e evangélicas no ano vigente.
Isso, porque, sob o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a proposta para o PNE 2024 aparece repleta de medidas de cunho ideológico de viés progressista, o que já provocou a reação da Associação Nacional de Juristas Evangélicos (Anajure).
Em nota, a entidade afirma, por exemplo, que o Documento Referência do PNE “propõe para a educação nacional a imposição de concepções ideológicas radicais e controversas, contrárias às presentes disposições da legislação nacional e à vontade da parcela majoritária da população”.
São questões que, segundo a ANAJURE, podem afetar até mesmo o currículo das escolas confessionais, como evangélicas e católicas, mesmo particulares, já que incluem “perspectivas restritivas da laicidade que ocasionaram graves violações à liberdade religiosa”.
Diante do aparente avanço do controle estatal sobre a vida social, a professora Verônica conclama aos pais a necessidade de posicionamento, frisando que se nada for feito a tempo, amanhã poderá ser tarde. Assista:
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